PORRADA E BOMBA: Apoiadores de Molon e Ceciliano brigam em bar após ato com Lula no Centro do Rio

André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aparece em vídeono Restaurante Amarelinho, no Centro do Rio, na noite da última quinta-feira (7). Ele afirma que estava tentando separar a briga.

Pré-candidato do PT ao Senado aparece em vídeo de briga em bar após ato de Lula no Rio

Pré-candidato do PT ao Senado aparece em vídeo de briga em bar após ato de Lula no Rio

Um vídeo que circula em redes sociais mostram apoiadores do deputado André Ceciliano (PT) e do deputado federal Alessandro Molon (PSB) brigando em um bar no Centro do Rio após evento que os políticos participaram com o pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ceciliano aparece no vídeo e diz que estava tentando separar a briga. A confusão teve início, segundo relatos, depois que uma eleitora de Molon provocou o pré-candidato do PT.

De acordo com apuração da Folha de S. Paulo, uma mulher disse que Ceciliano havia sido visto beijando o governador Claudio Castro (PL), fazendo alusão ao fato do presidente da Alerj dividir palanque com o atual governador do estado.

Em seguida, pessoas próximas ao deputado petista resolveram cobrar a adversária política. É possível ver na imagens que houve confronto físico, com troca de tapas, socos e empurrões.

Frequentadores do bar filmaram o tumulto e registraram Ceciliano no meio da confusão, aparentemente tentando conter outras pessoas e evitar a briga.

Pré-candidato do PT ao Senado aparece em vídeo de briga em bar após ato de Lula no Rio — Foto: ReproduçãoPré-candidato do PT ao Senado aparece em vídeo de briga em bar após ato de Lula no Rio

Em nota, a assessoria do deputado informou que ele não se envolveu na briga e que apenas tentou apartar uma confusão ocorrida dentro do bar. Segundo a nota, Ceciliano foi convidado por apoiadores a ir ao Amarelinho com a família após o ato de quinta-feira.

"Ao chegar lá, um casal começou a gritar xingamentos contra o pré candidato ao Senado pelo PT e uma discussão começou com um apoiador, seguido em empurra empurra. No vídeo, fica claro o deputado tentando tirar uma pessoa da confusão e não a incentivando a entrar nela. André lamenta o episódio que, segundo ele, destoa do clima de otimismo e esperança que marcou o espírito do ato", dizia a nota de esclarecimento divulgada pela equipe do deputado.

Molon afirma que vai se candidatar ao Senado

A briga entre os apoiadores de Ceciliano e Molon é apenas mais um capítulo da disputa pelo apoio do ex-presidente Lula durante a campanha e pelos votos do eleitorado de esquerda no Rio de Janeiro.

Com os dois partidos coligados na disputa nacional, PT e PSB planejavam ter apenas um candidato ao senado nos estados. Contudo, no Rio de Janeiro, o PSB tem a pré-candidatura de Alessandro Molon para o cargo, enquanto o PT já lançou a pré-candidatura de André Ceciliano para o mesmo posto.

Vale lembrar, que a legislação eleitoral não impede que uma coligação tenha dois candidatos ao Senado Federal nas eleições.

Na última quarta-feira (6), o presidente do PSB no estado do Rio, o deputado federal Alessandro Molon, afirmou que sua candidatura ao Senado é "irreversível" e que não participou de nenhum acordo para ceder sua candidatura em prol do sucesso do presidente da Alerj, André Ceciliano, do PT, na disputa.

Ato na Cinelândia

Na última quinta, o pré-candidato do PT para a Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou de um ato com aliados no Centro do Rio.

Participaram do evento a presidente do PT, Gleise Hoffman, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o presidente da Alerj e pré-candidato ao Senado André Ceciliano (PT), o deputado federal e pré-candidato ao governo do RJ Marcelo Freixo (PSB) e mais políticos e militantes no palco.

No discurso, Lula reforçou seu apoio a Freixo na disputa pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

"Era preciso acabar com as dúvidas, com rumores aqui no Rio. Queriam desmarcar o ato, eu não quis. Eu não tenho nada contra ninguém, mas aqui no Rio quem eu apoio é o Marcelo Freixo".

Bomba caseira com substância com cheiro de fezes

Durante o evento, uma espécie de bomba caseira com um líquido que cheirava a fezes foi arremessado no local.

Segundo a Polícia Militar, um suspeito de arremessar o artefato foi preso. O g1 apurou que o suspeito detido é André Stefano Dimitriu. Três testemunhas acompanharam a PM na apresentação do homem na delegacia.

A garrafa PET de 2 litros com um explosivo dentro foi arremessada por cima do tapume que cercava o perímetro. Dentro da garrafa havia um líquido marrom, que segundo militantes eram fezes. O objeto explodiu ao tocar o chão. Ninguém ficou ferido, mas houve um princípio de tumulto.

Em seguida, as pessoas gritaram "fora, Bolsonaro". Organizadores do evento pediram calma e informaram que havia segurança no local para proteger os manifestantes.

A assessoria de imprensa do ex-presidente disse que "estouraram 2 artifícios de fogos, causando barulho, jogados de fora para dentro da área do ato. Não tinham fezes, fizeram barulho, mas ninguém se feriu nem houve tumulto". O ex-presidente Lula não estava ainda no local do ato na hora do ocorrido.

O esquema de segurança na Cinelândia contava com um cercado de tapumes de metal com aproximadamente 2,5 m de altura. Para entrar no perímetro onde foi montado um palco na praça, os apoiadores precisam passar por uma revista de equipe de segurança com detector de metais.

Este é o segundo ataque em atos do ex-presidente Lula durante a pré-campanha. Em Minas Gerais, um drone soltou fezes e urina em participantes de um ato em Uberlândia. O dono do equipamento foi preso.

FONTE G1

Por Ultima Hora em 09/07/2022
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