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Com o tema “Avanços do saneamento no Estado do Rio de Janeiro: o caso de Niterói como modelo para a universalização”, o GRI Club promoveu, nesta sexta-feira (04), um encontro no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói. O GRI é um grupo global que reúne os maiores e principais players de três setores importantes da economia: imobiliário, varejo e infraestrutura. O encontro contou com a participação do prefeito Axel Grael que falou sobre os avanços da cidade na área do saneamento. Depois, o grupo de gestores públicos e privados foi conhecer o projeto dos jardins filtrantes do Parque Orla Piratininga (POP) Alfredo Sirkis.
O encontro teve representantes do Ministério das Cidades, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), e do Grupo Águas do Brasil, dentre outros agentes do setor. O prefeito Axel Grael explicou ao grupo como Niterói alcançou o primeiro lugar no Estado do Rio no ranking do Instituto Trata Brasil de fornecimento de água e coleta de esgoto. No país, a cidade saltou da posição 23 para o quarto lugar entre os municípios que mais investem em saneamento. Para o prefeito Axel Grael, a experiência de Niterói pode ajudar outras cidades e a gestão estadual no processo de despoluição da Baía de Guanabara.
“Um dos grandes desafios que temos é recuperar os ecossistemas de transição, os rios. Como temos a previsão da universalização do saneamento, com metas, acho que a nossa próxima discussão, quando a gente conseguir esses resultados, será recuperar os ecossistemas de transição, que desaguam na Baía de Guanabara. É animador termos agora uma agenda positiva na área do saneamento aqui no Rio de Janeiro”, explicou Axel Grael.
O secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leonardo Picciani, esteve no encontro, elogiou os avanços obtidos em Niterói e reforçou o desafio de expandir as boas práticas em nível nacional.
“O grande espírito positivo da lei nacional do saneamento foi estabelecer um prazo. E a partir do momento que ele existe, todo mundo tem que se mobilizar e se movimentar para buscar uma solução, para buscar o cumprimento desse prazo. O Brasil já passou muito da hora de universalizar o serviço de saneamento como Niterói. A gente não pode se conformar em viver e ser cidadão de um país que tem a vanguarda em muitas temáticas e tem 35 milhões de pessoas sem abastecimento de água adequado e 100 milhões de pessoas sem correto tratamento do esgoto”, enfatizou o secretário.
O diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, adiantou os investimentos da companhia em saneamento previstos para os próximos anos no estado e mostrou otimismo com os rumos do setor.
“Estamos construindo as estações de tratamento em todos os sistemas de captação, mais a construção da nova ETE do Guandu, algo em torno de R$ 5 bilhões. Para que a universalização aconteça, temos o recurso garantido com a Caixa Econômica Federal”, afirmou Aguinaldo Ballon.
O diretor da ANA, Filipe Sampaio, traçou um panorama da regulamentação da lei nacional que estabelece a universalização do saneamento e contou sobre o processo de estabelecer as normas para estados e municípios.
“Temos diversas realidades. A realidade do Sul é diferente da realidade do Norte, do Centro-Oeste, do Nordeste e do Sudeste. Temos essas discrepâncias quando pensamos no Brasil como um todo. O desafio da ANA é emitir essas normas de referência de forma geral, sem tolher, no papel específico das agências reguladoras, sejam estaduais, municipais, intermunicipais”, acrescentou Filipe Sampaio.
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