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Prefeito Vinicius Claussen alega falta de repasse da concessionária de água, mas sindicato não aceita justificativa
Em um cenário que mistura drama natalino e crise financeira, os servidores públicos de Teresópolis, no Rio de Janeiro, enfrentam um fim de ano amargo. O motivo: o não pagamento do 13º salário, direito garantido por lei e esperado ansiosamente por milhares de famílias.
Na sexta-feira (20), data limite para o pagamento do benefício, a Prefeitura de Teresópolis, sob a gestão de Vinicius Claussen, anunciou que não depositaria o abono natalino nas contas dos funcionários. A justificativa apresentada pelo governo municipal é o não recebimento da segunda parcela da outorga da água, um valor de R$ 122.480.000,00, pela empresa Águas da Imperatriz.
Esta situação gerou uma onda de protestos e indignação entre os servidores. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDPMT) não tardou em reagir, convocando uma manifestação para este sábado (21), às 11h, que aconteceu em frente ao restaurante do prefeito.
Alexandre Vieira, presidente do SINDPMT, expressou a frustração da categoria: "Não podemos aceitar isso. Já perdemos muito e não podemos aceitar mais isso. Contamos com o apoio de todos vocês, ativos e aposentados."
A situação se agravou com uma decisão judicia le quando os servidores decidiram realizar um protesto inusitado: um plantão no restaurante do prefeito Vinicius Claussen. Apelidada de "ceia da miséria", a manifestação visa chamar a atenção para a situação precária dos funcionários públicos às vésperas do Natal.
A Prefeitura, por sua vez, alega que acionou a Justiça para garantir o bloqueio e o pagamento dos recursos pela Águas da Imperatriz. Segundo a administração municipal, o montante da outorga foi parcialmente comprometido por decisões judiciais, incluindo o pagamento de indenização à CEDAE e o cumprimento de determinações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A empresa Águas da Imperatriz, em contrapartida, afirma que o não pagamento se deve ao descumprimento de medidas de responsabilidade exclusiva do município, conforme estabelecido no contrato de concessão.
Este impasse revela uma questão mais profunda: a controversa concessão dos serviços de água e esgoto em Teresópolis. Desde o início, o processo foi questionado, com alertas de que "não era um bom negócio". Mesmo assim, a Prefeitura seguiu adiante com o procedimento.
A oposição não perdeu a oportunidade de criticar a gestão Claussen, ressaltando que nenhum outro prefeito precisou de um recurso "extra" para cumprir a obrigação do 13º salário.
Enquanto o embate jurídico e político se desenrola, os servidores de Teresópolis vivem a angústia de um Natal sem o tão esperado abono. A "ceia da miséria" no restaurante do prefeito e a manifestação convocada pelo sindicato são reflexos de uma gestão pública que, segundo os críticos, falhou em seu planejamento financeiro e na garantia dos direitos básicos de seus funcionários.
O caso de Teresópolis serve como um alerta para outras administrações municipais sobre a importância do planejamento financeiro e da transparência na gestão pública, especialmente quando se trata de direitos trabalhistas consolidados como o 13º salário.
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