Prefeitura de Maricá gasta R$ 8,1 milhões em aluguel de tablets e alunos reclamam de equipamentos defeituosos

Prefeitura de Maricá não se pronuncia sobre gastos milionários com aluguel de tablets

Prefeitura de Maricá gasta R$ 8,1 milhões em aluguel de tablets e alunos reclamam de equipamentos defeituosos

Prefeitura de Maricá acumula R$ 36,7 milhões em contratos de aluguel de tablets 

A Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Educação, assinou um novo contrato de locação de tablets com acesso à internet no valor de R$ 8,1 milhões. O acordo, fechado em 13 de junho, prevê o fornecimento de 7.208 equipamentos de 10 polegadas, com pelo menos 2 GB de memória RAM, para atender o sistema híbrido de ensino do município. O contrato é fruto da adesão à Ata de Registro de Preço do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Paraibuna.

Com esse novo certame, a Secretaria de Educação acumula mais de R$ 36,7 milhões em despesas apenas com aluguel de tablets. O contrato se sobrepõe a um acordo anterior, iniciado em janeiro de 2022, no valor de R$ 28,6 milhões para o fornecimento de 12.500 dispositivos. Esse contrato anterior é alvo de um inquérito no Ministério Público, após denúncia do vereador Ricardinho Netuno (PL).

O contrato em vigor recebeu quatro aditivos, com o último prorrogando sua validade até janeiro de 2025. No entanto, segundo o vereador Netuno, mesmo após dois anos, nem todos os equipamentos foram entregues. "Denunciamos em 2022 esse contrato porque nem 10% (dos tablets) foram entregues e, quem recebeu, teve que devolver. Agora fazem um novo contrato?", questiona o parlamentar.

Após uma postagem do vereador alertando para os altos valores do contrato de tablets — que custam cerca de R$ 300 a unidade no mercado — pais de alunos se manifestaram, relatando problemas com os equipamentos. "Meu filho não usou nenhuma vez", disse um responsável. "Uns tablets de péssima qualidade. O da minha filha deu defeito e até hoje estamos aguardando conserto, que nunca fica pronto", criticou a mãe Eliza Abreu.

A Prefeitura de Maricá, procurada através de sua assessoria de imprensa, não enviou um posicionamento sobre a despesa com os tablets. O espaço permanece aberto para manifestações do poder público.

O caso levanta questionamentos sobre a eficiência na aplicação dos recursos públicos em educação, especialmente diante das reclamações de alunos e pais sobre a qualidade e disponibilidade dos equipamentos. A sobreposição de contratos milionários para aluguel de tablets também gera dúvidas sobre a necessidade e a transparência desses acordos.

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Com informações Tempo Real

 

 

 

Por Ultima Hora em 02/07/2024
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