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A concessionária Águas do Rio, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em 27 cidades fluminenses desde 2021, enfrenta uma crise sem precedentes devido a cobranças indevidas e medições erradas. O cenário alarmante já resultou em mais de 40 mil ações judiciais contra a empresa até 2024, evidenciando a gravidade da situação.
Moradores de diversas cidades do estado do Rio de Janeiro têm relatado cobranças exorbitantes em suas contas de água, muitas vezes sem justificativa aparente. "Minha conta triplicou de um mês para o outro, sem nenhuma mudança no consumo. É um absurdo!", desabafa Maria Silva, moradora de Duque de Caxias.
O volume de reclamações levou o Procon a tomar medidas drásticas. O órgão de defesa do consumidor aplicou multas à Águas do Rio por atrasos na reativação dos serviços após manutenções, agravando ainda mais a situação dos consumidores. "Além das cobranças indevidas, a demora no restabelecimento do serviço tem causado transtornos imensuráveis à população", afirma o diretor do Procon-RJ.
As consequências dessas irregularidades vão além do aspecto financeiro. Muitos moradores relatam desgaste emocional e prejuízos em suas atividades diárias. Comerciantes, em particular, têm sido duramente afetados. "Tive que fechar meu restaurante por dois dias devido à falta d'água. As contas altas já estavam comprometendo meu negócio, e agora isso", lamenta João Pereira, proprietário de um estabelecimento em Nova Iguaçu.
Em resposta à crise, diretores da Águas do Rio se exibem ganhando prêmios (Foto da Capa) e homenagens de associações empresariais, uma realidade contraditória com a que a população pensa e o judiciário confirma, pois está no ranking das empresas que mais são acionadas na justiça.
"Já tentei resolver administrativamente várias vezes, sem sucesso. Agora estou na Justiça, mas é um processo lento e desgastante", relata Ana Souza, moradora de São Gonçalo.
Faixa foi colocada por moradores revoltados com promessas não cumpridas no viaduto da Rocinha por cima de uma faixa da Prefeitura do Rio sobre o G20.
A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) anunciou a abertura de uma investigação sobre as práticas da Águas do Rio.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também se mobilizou, criando uma Comissão Parlamentar para investigar as denúncias contra a concessionária.
Especialistas em direito do consumidor orientam que os clientes afetados reúnam toda a documentação possível, como contas anteriores e registros de consumo, antes de buscar reparação. "É fundamental formalizar a reclamação junto à empresa e ao Procon antes de recorrer à Justiça", aconselha o advogado Ralph Lichotti.
O caso da Águas do Rio levanta questões importantes sobre a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico no estado. "É crucial que haja uma revisão dos mecanismos de controle e supervisão das concessionárias para evitar que situações como essa se repitam", argumenta Humberto dirigente Sindical
Enquanto as investigações prosseguem e as autoridades buscam soluções, milhares de consumidores fluminenses continuam enfrentando dificuldades com suas contas de água. A expectativa é que medidas efetivas sejam tomadas para resolver a crise e restaurar a confiança da população nos serviços de abastecimento de água do estado.
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