Presidente da ALERJ defende ferrovia Vitória-Rio completa para impulsionar logística fluminense

Rodrigo Bacellar alerta para riscos de concess

Na abertura da 13ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar, destacou a importância crucial do desenvolvimento logístico para o estado, com ênfase especial na polêmica ferrovia Vitória-Rio (EF-118). O projeto, orçado em R$ 7,8 bilhões e com previsão de 8 anos de construção, está no centro de um debate sobre desenvolvimento regional e interesses econômicos.

Pontos-chave:

1. Defesa do trecho completo: Bacellar argumenta que a concessão da EF-118 deve incluir o trecho sul, que cruza o Rio de Janeiro, e não apenas o trecho norte até o Espírito Santo.

2. Alerta sobre benefícios limitados: Há preocupação de que a construção apenas do trecho norte transforme o Porto do Açu em um "mero corredor de exportação de minério", beneficiando principalmente a Vale.

3. Questionamento sobre uso de recursos públicos: O presidente da ALERJ critica a possibilidade de subsídios públicos para o trecho que beneficiaria principalmente interesses privados.

4. Apoio acadêmico: O professor Mauro Osório (UFRJ), especialista em desenvolvimento regional, endossa a preocupação, alertando que apenas o trecho até o Porto do Açu está garantido até o momento.

5. Chamado à ação: Osório enfatiza a necessidade de o Estado do Rio de Janeiro se mobilizar para garantir a execução do traçado completo junto ao Governo Federal.

Contexto e implicações:

A EF-118 é vista como um projeto estratégico para o desenvolvimento logístico do Sudeste brasileiro. No entanto, a possibilidade de sua implementação parcial levanta questões sobre equidade no desenvolvimento regional e o uso adequado de recursos públicos.

A postura de Bacellar reflete uma preocupação crescente com a defesa dos interesses econômicos do Rio de Janeiro, em um momento em que o estado busca recuperar seu protagonismo econômico nacional.

Desafios futuros:

1. Articulação política entre Rio de Janeiro e Governo Federal para garantir o traçado completo.
2. Atendimento à legislação ambiental ao longo de todo o percurso da ferrovia.
3. Equilíbrio entre interesses públicos e privados no financiamento e operação da EF-118.
4. Integração da ferrovia com outros projetos de desenvolvimento logístico e econômico do estado.

A defesa enfática de Bacellar por uma abordagem que priorize os interesses do Rio de Janeiro na implementação da EF-118 sinaliza um possível ponto de tensão nas negociações futuras sobre o projeto. O desenrolar deste debate terá implicações significativas para o futuro econômico e logístico não apenas do Rio de Janeiro, mas de toda a região Sudeste.

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