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Em uma reunião crucial com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o deputado Julio Lopes (PP), presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividade Nuclear, expressou preocupações e exigiu respostas sobre a estagnação das obras da usina de Angra III. Com parte integrante da bancada progressista do Rio, o parlamentar enfatizou a necessidade urgente de concluir as obras para mitigar prejuízos sociais significativos.
Durante o encontro, o ministro Silveira sublinhou a importância de concluir Angra III para melhor aproveitamento do investimento social, apesar dos conflitos pendentes entre a Eletrobras e a Eletronuclear. Silveira assegurou um esforço para desbloquear as deliberações e apressar o cronograma, com vistas a um julgamento agendado para 6 de março, onde se espera um avanço na definição dos próximos passos para a usina nuclear.
"O ministro se comprometeu a resolver o impasse rapidamente, e estamos otimistas. Com mais de R$ 11 bilhões já investidos em Angra III, precisamos urgentemente de uma resolução", reafirmou Julio Lopes, destacando encontros subsequentes planejados com Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, para acelerar o processo decisório.
Lopes destacou a alta competência e rentabilidade do sistema nuclear brasileiro, com ênfase na segregação das contas de Angra I, II e III, para que não sobrecarreguem o potencial renovador das usinas operacionais. Com um histórico de interrupções e custos elevados associados a projetos anteriormente paralisados, ele alerta para a necessidade de reorganizar os recursos financeiros de modo eficiente.
"Angra III tem imensa capacidade de 1.400 megawatts, provendo economia substancial a consumidores, mas suas contas confundidas com Angra I e II representam um obstáculo severo. A implementação meticulosa da usina é essencial para prevenir pesadas penalizações aos nossos sistemas nucleares", explicou o parlamentar.
O deputado lembrou que, atualmente, 600 funcionários recrutados para Angra III permanecem sem uso devido ao impasse, com seus salários pendendo sobre os resultados de Angra I e II, causando pressões desnecessárias sobre as operações lucrativas dessas usinas.
O deputado defensor expressa que a situação ideal exige o alinhamento do governo federal e do setor privado numa gestão de conselhos paritária, permitindo supervisão compartilhada e decisão objetiva, culminando na retomada eficiente das obras atrasadas da usina de Angra III.
Por fim, Julio Lopes ressalta que a resolução desse imbróglio é vital não apenas para a economia energética nacional, mas também para preservar a reputação e eficiência de um dos sistemas nucleares mais robustos e bem-sucedidos globalmente.
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