Presidente da La Liga que confrontou Vini é apoiador do VOX, extrema-direita espanhola

Al

Javier Tebas tem sido uma figura controversa no mundo do futebol espanhol desde que assumiu a presidência da La Liga em 2013. Recentemente, o dirigente rebateu Vinicius Jr, jogador do Real Madrid, após o atacante ser vítima de racismo durante uma partida contra o Valencia. As declarações de Tebas provocaram indignação.

Ao reagir ao incidente envolvendo Vinicius Jr, Tebas criticou a reação do jogador brasileiro e o instruiu a se informar adequadamente sobre as ações da La Liga no combate ao racismo. Essa resposta foi recebida com desaprovação, especialmente considerando as acusações passadas contra o presidente da liga.

Tebas é conhecido por seu apoio declarado a grupos de extrema-direita na Espanha. Em 2019, ele afirmou que votaria nos representantes do Vox, partido formado por apoiadores do ditador Francisco Franco, nas eleições espanholas. Em 2018, ele foi chamado de "fascista" por Albert Perrin, vice-presidente do Barcelona durante a gestão de Juan Laporta. Perrin o descreveu como "repugnante" e um "claro nazista". 

Apesar de ser um torcedor declarado do Real Madrid, Tebas afirmou que sua afiliação clubística não interfere em sua gestão. No entanto, o Barcelona pediu a demissão do presidente em abril deste ano, após alegações de que ele forneceu provas falsas ao Ministério Público no caso conhecido como "Caso Negreira". Essa controvérsia apenas ampliou a animosidade entre Tebas e o clube catalão.

Além de sua atuação na La Liga, Tebas também é membro do Comitê Executivo da UEFA desde 2021. Sua posição de influência no futebol espanhol e europeu o coloca em uma posição privilegiada para moldar o futuro do esporte, mas suas posições políticas e controvérsias passadas levantam dúvidas sobre sua capacidade de liderança imparcial e seu compromisso com os valores fundamentais do esporte.

Javier Tebas é um advogado e administrador, formado na Universidad Pontificia Comillas ICADE de Madri. Antes de se tornar presidente da La Liga, ele foi presidente do Hércules CF, um clube da segunda divisão espanhola, por três anos. Sua trajetória e seu estilo polêmico e confrontador têm feito dele uma figura amplamente discutida no cenário do futebol espanhol.