Presídio Santo Expedito em Bangu: Denúncias de maus tratos e falta de humanidade ressurgem em caso de interna

Coluna Vanessa Fontana *

Presídio Santo Expedito em Bangu: Denúncias de maus tratos e falta de humanidade ressurgem em caso de interna

No Presídio Santo Expedito em Bangu, no Rio de Janeiro, tem grave denúncia de maus tratos e tortura feita pelo Dr. L Mantovani e reforça um histórico já conhecido de violações de direitos humanos. Dessa vez, a interna Priscila Martins Gonçalves, que ainda aguarda julgamento e não possui condenação formal, segundo ele foi vítima de violência no presídio.

Priscila, originária do Pará, é suspeita de homicídio e foi jogada na ala de Isolamento, similar à solitária. Desde sua prisão, há mais de 20 dias, ela tem sido privada de itens básicos de higiene e de alimentação, tendo que sobreviver com apenas uma única peça de roupa íntima.

Outro aspecto alarmante é a recusa da direção do presídio em receber o advogado da interna. A defesa busca, ao menos, garantir que Priscila tenha acesso aos seus itens básicos de higiene pessoal e seja retirada do isolamento, um local destinado somente às presas que cometeram infrações disciplinares.

O Presídio Santo Expedito possui um histórico preocupante de relatos de maus tratos com as internas, além de falta de resposta e receptividade aos advogados que buscam garantir os direitos de suas clientes. O caso da interna Vanuza Cruz, que sofreu agressões físicas por parte de agentes no ano passado e resultou na substituição da administração penitenciária, é emblemático dessa triste realidade.

O advogado da interna Priscila Martins relata que tomará todas as providências cabíveis para garantir a proteção dos direitos da sua cliente. Ele planeja acionar a Comissão de Direitos Humanos e ingressar com uma representação criminal contra a instituição, caso Priscila contrate alguma enfermidade derivada dos maus tratos ou sofra agressões por parte dos agentes penitenciários.

É fundamental que situações como essa sejam denunciadas e investigadas com rigor. A proteção dos direitos humanos e a garantia de tratamento digno nas instituições prisionais são prerrogativas que devem ser asseguradas pelo Estado.

* Vanessa Fontana é Jornalista, CEO da Fontana Produções, mestre em psicanálise, especialista em psicologia humanista, hipnoterapeuta e atriz. Faço parte do Conselho Brasileiro de Psicanálise Clínica. CBPC 2022-624 e da Sociedade Brasileira de Hipnose.

Por Ultima Hora em 18/11/2023

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