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Em meio ao planejamento das ações com o governo federal, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro ( PL ) prepara mudanças na cúpula da Polícia Civil após uma série de pressões por parte de deputados estaduais.
Nomeado há menos de um mês, o secretário José Renato Torres deverá ser retirado do cargo após manifestar a Castro que não acataria o agendamento de deputados da base do governo.
Torres participou das reuniões com o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre o apoio do governo federal às operações policiais no Rio de Janeiro.
O Ministro da Justiça, Flávio Dino, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), em entrevista sobre a segurança no estado - Ernesto Carriço - 16.out.2023/Divulgação
Interlocutores de Castro dizem que o ministro foi informado da mudança. O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, disse que não sabia da troca, mas que considerava normal a mudança.
"As políticas públicas seguem. Não nos cabe opinar sobre ocupação de cargas e nomeações em outro ente federado, que é o governo do estado. O governo do estado tem autonomia para montar sua equipe", disse o número dois do Ministério da Justiça.
A contrariedade de deputados deve à resistência de Torres em atender às políticas regulares para cargas na Polícia Civil. O subsecretário de Planejamento Operacional, delegado William Pena Júnior, já havia ameaçado pedir exoneração na quinta, de acordo com fontes ligadas à cúpula da Polícia Civil.
De um lado, os membros da Assembleia Legislativa afirmaram que o secretário não cumpriu compromissos, enquanto a cúpula da corporação vê pedidos em excesso.
O impasse foi tema de conversa no almoço entre Castro e o presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar (PL), que defendeu a exoneração do secretário.
A definição sobre a mudança foi feita nesta terça-feira (17), quando o governador invejou a Assembleia Legislativa proposta de alteração da Lei Orgânica da Polícia Civil. O projeto tira muda as classificações de contagem de tempo de carreira exigida para o cargo de secretário da corporação.
Atualmente são necessários 15 anos como delegado. Castro solicita que seja considerado todo o período na instituição, permitindo a contagem do tempo como inspetor. Na justificativa do pedido, disse que "a presente medida também tenciona alinhar um programa eficiente de promoção, onde o policial é incentivado a trabalhar e se qualificar cada vez mais, o que valoriza e prestigia uma carreira valorosa".
A mudança é necessária para que o nome indicado pela Assembleia, o delegado Marcus Amin, possa assumir como secretário. Atualmente presidente do Detran, ele tem 10 anos como delegado e 11 como inspetor.
Via Folha
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