Procurador e Vereador encurralam Paes: O Jaé travou e o carioca pagou

Sistema de bilhetagem do prefeito vira alvo de investigação enquanto a população sofre com custos altos e integração zero.

Procurador e Vereador encurralam Paes: O Jaé travou e o carioca pagou

O que era pra ser a grande revolução da mobilidade carioca virou motivo de piada e indignação. O cartão Jaé, prometido como a solução para modernizar o transporte público, mostrou que a única coisa moderna na história foi a habilidade do prefeito Eduardo Paes em empurrar problemas para o colo da população. Agora, o Procurador-Geral de Justiça, Antônio José Campos Moreira, e o vereador Pedro Duarte resolveram entrar na dança e cobrar explicações sobre o fiasco que o sistema de bilhetagem eletrônica se tornou.

Logo de cara, o vereador Pedro Duarte protocolou uma representação no Ministério Público do Rio de Janeiro pedindo que o caos seja investigado. Ele aponta que a implementação do Jaé trouxe mais prejuízos do que benefícios: integração com os modais estaduais, que é bom, nada. A promessa de manter o Bilhete Único para aliviar o bolso do trabalhador ficou no limbo. Resultado? O carioca, que já sofre com o transporte público caótico, agora tem que desembolsar até R$ 162 a mais por mês pra se locomover. Modernidade? Só se for no preço.

E como desgraça pouca é bobagem, o controle operacional do Jaé foi repassado para a empresa paulista Autopass, conhecida por administrar a bilhetagem em São Paulo. O problema? A transparência desse processo é tão sólida quanto os trilhos do trem da Supervia. A Billing Pay, empresa que fornece tecnologia pro sistema, já botou a boca no trombone e quer travar o negócio, alegando direito de preferência na compra. No meio desse tiroteio corporativo, quem segue no prejuízo é o carioca, que só queria chegar no trabalho sem gastar o que não tem.

Enquanto isso, Eduardo Paes tenta justificar o injustificável. Diz que adiou a implementação completa do Jaé por falta de dados sobre as viagens intermunicipais e atrasos no cadastro dos usuários. Mas como explicar que, em janeiro, menos de 10% das viagens foram feitas pelo novo sistema? Parece que o prefeito entrou no ritmo do “empurra com a barriga” e deixou o povo no sufoco. E o que dizer dos R$ 110 milhões que a prefeitura recebeu pela gestão do sistema? Transparência não passou nem perto desse negócio.

O carioca, que já é especialista em sobreviver ao caos, agora precisa lidar com uma bilhetagem travada, um prefeito que se esquiva das responsabilidades e um sistema de transporte público que só piora. No fim das contas, o tal cartão Jaé mais parece uma piada de mau gosto. E enquanto Procurador e vereador tentam salvar o que ainda dá, Paes segue com seus discursos pomposos, deixando claro que, no Rio, o transporte é mais um peso na já combalida vida da população. A pergunta que fica é: será que o Jaé ainda vai virar realidade ou já podemos colocar na lista de “obras imaginárias” da gestão do prefeito? Enquanto isso, quem paga o pato, como sempre, é o carioca.

Por: Arinos Monge. 

Por Ultima Hora em 21/01/2025
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