Programa de inovação do PIX e duplicata eletrônica podem parar por falta de recursos

Após reunião realizada na tarde de ontem com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e toda sua diretoria, o relator da Comissão de Digitalização da Câmara Federal, deputado Júlio Lopes (PP) foi informado de que devido a limitações orçamentárias, o Banco Central não teria mais como continuar avançando com o PIX Eletrônico e com a emissão da nota e duplicata fiscal eletrônica, o que deixou o parlamentar completamente estarrecido com a informação.

De acordo com ele, a emissão da nota fiscal eletrônica é algo que irá impulsionar o varejo, o comércio e principalmente a indústria brasileira de pequeno e médio porte, pois é totalmente legítima e negociável no sistema bancário brasileiro.

 - Fui informado de que o Banco Central não teria mais recursos financeiros para a área digital. Soube ainda que o BC já solicitou ao ministro da Fazenda Fernando Haddad e a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que alterasse a previsão orçamentária de R$ 300 milhões para a impressão de papel moeda que não será mais necessária, para R$ 60 milhões para sua área de digitalização, onde exatamente está localizado o que mais vem crescendo em todo o mundo, que é o PIX, exemplo do Brasil para os Estados Unidos e toda a comunidade européia; mas diante dessa dificuldade financeira e se ela não for alterada, o BC não terá mais recursos para continuar financiando o programa de inovação do PIX e da duplicata eletrônica - informou.

O parlamentar disse ainda que vê essa situação como uma enorme falta de bom senso, de entendimento e de política pública que afeta diretamente a sociedade brasileira; não só pelo fato de cada vez mais ela fazer uso do PIX, da duplicata eletrônica e de outros meios digitais seguros, para permitir a impressão de papel moeda que contribui fortemente com a fraude nos impostos e com o crime organizado.