Proibidão Brasil: Lugares que nem com jeitinho você vai conseguir entrar

Proibidão Brasil: Lugares que nem com jeitinho você vai conseguir entrar

Ah, o Brasil... Terra onde o jeitinho resolve quase tudo. Mas, olha só, tem uns cantos por aqui onde nem a malandragem mais criativa dá conta de abrir as portas. São lugares cercados de mistério, exclusividade e, claro, proibições. Se você achou que pagar imposto era a maior barreira da sua vida, é porque nunca tentou dar uma voltinha na Ilha da Queimada Grande ou tirar uma selfie no meio da Base de Alcântara. Aqui, meu amigo, o “proibido” não só existe como é levado bem a sério. Bora conhecer esses pedaços do Brasil onde você só entra com crachá de cientista, farda de militar ou, no caso, uma coragem absurda? 

Começamos pela famigerada Ilha da Queimada Grande, no litoral de São Paulo. Um lugar que é a definição de “bonito só de longe”. Se você já achou ruim aquele vizinho chato do seu prédio, imagine dividir território com milhares de jararacas-ilhoas – cobras tão venenosas que podem matar com uma única picada. É por isso que ninguém além de pesquisadores corajosos e bombeiros metidos a bravos têm autorização pra pisar lá. Pra nós, reles mortais, sobra a imaginação. Ou será que você tá disposto a arriscar uma visita pra virar janta de cobra? 

E se você acha que as cobras já são motivo suficiente pra manter distância, que tal um pouco mais de mistério? A Base Militar de Alcântara, no Maranhão, é tão inacessível que nem os satélites devem saber direito o que rola por lá. Oficialmente, é uma área estratégica pro lançamento de foguetes, mas a verdade é que a entrada é mais restrita do que a lista de convidados do Oscar. A impressão que dá é que a gente paga pra manter tudo funcionando, mas na hora de saber o que acontece, somos convidados a “confiar nas autoridades”. Claro, porque no Brasil transparência é só na embalagem do óleo de cozinha. 

Agora, se o seu sonho é explorar cavernas, vai ter que esquecer a Caverna do Lajeado, lá no Tocantins. Esse espetáculo da natureza tá fechado pro público desde sempre, com a desculpa de proteger o ecossistema. Faz sentido, a gente entende. Mas não dá pra negar que seria incrível poder dar uma espiada nem que fosse numa visita controlada. Afinal, quem nunca sonhou em se sentir o Indiana Jones por um dia? Mas, não, amigo. Por enquanto, só na imaginação mesmo. 

E por falar em proteger, temos a Reserva do Tinguá, no Rio de Janeiro. Esse é outro lugar lindíssimo que você jamais verá de perto. Aqui a proibição é pela preservação ambiental. E, tudo bem, a gente até concorda que é importante cuidar da fauna e da flora, mas será que não dava pra abrir uma trilha ou outra pra quem quer curtir sem destruir? Porque do jeito que tá, parece que o patrimônio natural virou coisa só pra foto aérea e nada mais. 

Agora, segura essa: você sabia que o Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, guarda documentos históricos tão sigilosos que só meia dúzia de pesquisadores têm acesso? Pois é. São registros que poderiam nos ajudar a entender melhor nossa história, mas que continuam trancados como se fossem segredos de Estado. Pra gente, sobra só o resumão, tipo aqueles livros de história do ensino médio. Enquanto isso, quem tem permissão vê o Brasil real – ou o que sobrou dele – de camarote. 

E é isso, meu caro. Enquanto a gente rala pra pagar boleto e garantir o básico, o Brasil segue escondendo seus pedaços mais fascinantes atrás de barreiras invisíveis (ou bem visíveis, no caso de algumas cobras). Alguns desses lugares realmente precisam de proteção, mas não dá pra negar que bate aquele sentimento de exclusão. Afinal, é o nosso dinheiro que financia muito disso, mas quem tem acesso? É, parece que até nos proibidões o Brasil continua sendo Brasil: fechado pra poucos e inacessível pra muitos. 

Se quiser conhecer mais sobre esses lugares, boa sorte! Vai precisar de um bom drone, uma pesquisa científica ou, quem sabe, uma boa dose de coragem pra desafiar o sistema. Ou então, faz como todo brasileiro: dá um Google e sonha com o dia em que a entrada será livre. Isso, claro, se esse dia chegar... 

Por: Arinos Monge.

Por Coluna Arinos Monge em 16/12/2024

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