Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Última Hora, onde fez um balanço de sua gestão interrompida e teceu duras críticas à atual administração estadual e municipal. Witzel, que sofreu impeachment em 2021, defendeu seu legado e projetou um possível retorno à vida política em 2026.
Durante a conversa, o ex-governador abordou temas cruciais como segurança pública, economia e mobilidade urbana. Ele afirmou que seu governo estava no caminho certo para combater o crime organizado e que sua saída do cargo foi resultado de uma articulação política que beneficiou as facções criminosas.
"O crime organizado se fortaleceu, começou a ter mais dinheiro, e o que nós estamos vendo hoje é isso: um crime fortalecido", declarou Witzel, criticando a atual gestão da segurança pública no estado.
O ex-governador também fez críticas contundentes ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, e seu projeto de criar uma força de segurança municipal.
"Se ele tiver humildade, ele pode me consultar que eu ensino para ele como fazer", provocou Witzel, questionando a viabilidade e eficácia da proposta.
Sobre seu futuro político, Witzel não descartou uma possível candidatura em 2026. "Se o povo do Estado do Rio de Janeiro quiser que eu seja candidato e as pesquisas mostrarem isso, evidente que nós não vamos poder recusar", afirmou.
O ex-governador também defendeu projetos de sua gestão, como a desestatização da CEDAE e planos para revitalização da malha de transporte público. Ele argumentou que muitas de suas propostas foram interrompidas com seu afastamento, prejudicando o desenvolvimento do estado.
Witzel encerrou a entrevista fazendo um alerta aos eleitores: "Não existe Salvador da Pátria. Existe sim pessoas que têm que ter qualificação, têm que ter história, pra gente não ficar novamente à mercê dessa política do gafanhoto".
A entrevista completa revela um Witzel combativo, que busca se reposicionar no cenário político fluminense, defendendo sua gestão e criticando duramente seus adversários. O futuro dirá se o eleitorado do Rio de Janeiro estará disposto a dar uma nova chance ao ex-governador nas urnas.
Declarações de Witzel
O ex-governador Wilson Witzel, em sua entrevista, não apenas criticou a atual administração, mas também apresentou uma visão detalhada de como ele acredita que o estado do Rio de Janeiro deveria ser gerido. Suas declarações revelam um político que, apesar do impeachment, mantém-se atento às questões estaduais e busca se posicionar como uma alternativa viável para o futuro.
Segurança Pública: O calcanhar de Aquiles do Rio
Witzel enfatizou que a segurança pública era o carro-chefe de sua administração. Ele argumentou que seu governo estava conseguindo reduzir os índices de criminalidade através de uma abordagem mais assertiva contra o crime organizado. O ex-governador criticou a atual gestão por ter, segundo ele, desmontado estruturas importantes de combate à lavagem de dinheiro, o que teria fortalecido as facções criminosas.
"Nós precisamos atingir exatamente esse ponto que é o combate à lavagem de dinheiro, e nós havíamos montado o departamento de combate à lavagem de dinheiro com delegados, com policiais, e isso foi desmontado", afirmou Witzel.
Economia e Desenvolvimento
O ex-governador também abordou questões econômicas, defendendo sua decisão de desestatizar a CEDAE e criticando o uso dos recursos obtidos com a operação. Witzel argumentou que tinha planos ambiciosos para utilizar esses fundos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento econômico.
"Nós íamos fazer com aquele dinheiro a revisão da malha rodoviária do Rio de Janeiro. Esses problemas que estão acontecendo na SuperVia hoje, na estação Gávea do metrô, esse problema que tá acontecendo hoje com o BRT, tudo isso seria resolvido com o projeto de reestruturação da malha de mobilidade da região metropolitana", explicou.
Recado a Rodrigo Bacellar
Na entrevista, Wilson Witzel não se conteve ao fazer fortes declarações dirigidas a Rodrigo Bacellar, o atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Ele acusou Bacellar de ter desempenhado um papel crucial no processo de impeachment que encerrou seu governo e atribuiu a ele parte da responsabilidade pelo estado atual do Rio de Janeiro.
Turismo: Uma oportunidade perdida?
Witzel destacou os esforços de sua administração para impulsionar o turismo no estado, uma indústria que ele vê como crucial para o desenvolvimento econômico do Rio. Ele mencionou iniciativas para promover o estado internacionalmente e criticou a falta de continuidade dessas políticas.
"Eu quero só uma casinha dessa daqui para botar um stand do Rio de Janeiro porque nós temos um turismo religioso no Rio fantástico", disse Witzel, referindo-se a uma conversa que teve com autoridades israelenses.
O futuro político de Witzel
Apesar das críticas e do impeachment que sofreu, Witzel não descarta um retorno à vida política. Ele se mostrou confiante em sua elegibilidade para 2026 e sugeriu que as acusações contra ele não se sustentaram.
"Em 2026 estou elegível e tudo que foi feito contra mim não passou de uma cortina de fumaça para justificar o impedimento do meu governo", declarou o ex-governador.
Impacto e repercussões
As declarações de Witzel certamente causarão ondas no cenário político fluminense. Seus comentários críticos sobre a atual administração e seus potenciais planos futuros podem reacender debates sobre sua gestão e as circunstâncias de seu impeachment.
A entrevista também levanta questões importantes sobre a continuidade de políticas públicas entre diferentes administrações e o impacto de mudanças bruscas de governo na gestão de problemas crônicos como a segurança pública e o desenvolvimento econômico.
Resta saber como o eleitorado e a classe política do Rio de Janeiro reagirão a este possível retorno de Witzel à cena política. Seu futuro político dependerá não apenas de sua capacidade de defender seu legado, mas também de convencer os eleitores de que pode oferecer soluções efetivas para os desafios persistentes do estado.
* Wilson Witzel é advogado. Foi juiz federal entre 2001 e 2018, quando pediu exoneração da magistratura para candidatar-se ao governo do Estado do Rio de Janeiro, sendo eleito no segundo turno com 59,87% dos votos válidos, contra 40,13% de Eduardo Paes.
Fotos de divulgação
Repórter Dr. Leonardo Aragão, Imagem e Produção Robson Talber
Editor Ralph Lichotti
Notícias exclusivas e ilimitadas
O Última Hora Online reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.
Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!
Entre para os nossos grupos de WhatsApp CLIQUE AQUI PARA ENTRAR, nossas Redes Sociais Facebook, Instagram, Twitter e YouTube e receba notícias diariamente.
#AnálisePolítica #FuturoDoRio #GestãoPública #DesenvolvimentoEconômico #TurismoRJ #Eleições2026 #SegurançaPúblicaRJ #WitzelEntrevista #PolíticaFluminense #WilsonWitzel #RioDeJaneiro #Política #SegurançaPública #Eleições2026 l #CrimeOrganizado #MobilidadeUrbana #EduardoPaes #CEDAE
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!