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Até que seja concluída a apuração da eleição presidencial dos Estados Unidos, que será realizada na próxima terça-feira (5), quem acompanhar a cobertura sobre a votação vai se deparar com frequência com um termo: estados oscilantes ou estados-pêndulo. Uma variação é estados de campo de batalha, ou estados de campos de batalha.
Para entender os estados-pêndulo e sua importância na eleição dos Estados Unidos, é necessário antes de compreender o sistema de votação para a presidência do país.
Ao contrário de outros países, nas eleições presidenciais americanas, o candidato com mais votos no geral (o chamado voto popular) não é necessariamente o vencedor – os democratas tiveram o nome mais votado em todo o país em sete dos últimos oito pleitos, mas viram os republicanos chegarão à Casa Branca três vezes.
Isso ocorreu devido ao sistema do Colégio Eleitoral. Cada estado americano tem um número de votos nesse colegiado proporcional ao tamanho de sua população.
Assim, a Califórnia, o estado americano mais populoso, com quase 39 milhões de habitantes, tem 54 votos no Colégio Eleitoral. Por outro lado, o pequeno Wyoming, o estado de menor população, com 584 mil habitantes, soma apenas três votos no colegiado.
Quase todos os estados americanos têm na eleição presidencial um sistema em que o partido que vence a disputa ali leva todos os seus delegados para o Colégio Eleitoral, que é quem realmente elege o presidente dos Estados Unidos.
As únicas abordagens são Maine (quatro votos no colegiado) e Nebraska (cinco votos), que levam um delegado eleitoral por distrito congressional (são dois no Maine, três em Nebraska) e dois do partido do candidato vencedor no total do estado.
Nessa configuração, os estados americanos são divididos em estados azuis (estados azuis), estados vermelhos (estados vermelhos) e estados-pêndulo.
Os estados azuis são aqueles em que, devido às tendências das eleições anteriores, já se esperam que os democratas vençam, como a Califórnia e Nova Iorque. Já os estados vermelhos são aqueles em que a vitória republicana é dada como certa, como Texas e Flórida.
Dessa forma, já se projeta que a democrata Kamala Harris inicie uma disputa com 226 votos no Colégio Eleitoral assegurados, porque este é o total de votos dos estados azuis. Já os republicanos, de Donald Trump, “largam” com 219 votos. São necessários 270 votos no Colégio Eleitoral (metade mais um do total de 538 votos no colegiado) para vencer.
Assim, quem decide a disputa são os estados-pêndulo, que alternaram vitórias democratas e republicanas nas eleições presidenciais anteriores. É importante lembrar que podem surgir surpresas nos estados azuis e vermelhos, e que os estados-pêndulo podem mudar de status ao longo do tempo: Ohio e Flórida, por exemplo, que já foram estados swing, hoje são estados “vermelhos”.
Na atual eleição americana, são sete os estados-pêndulo: Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Arizona, Wisconsin e Nevada, que somam 93 votos no Colégio Eleitoral (veja gráfico).
Kamala e Trump aparecem empatados dentro da margem de erro nesses estados, que foram decisivos para a vitória de Joe Biden em 2020: o democrata venceu em seis desses estados; Trump ganhou apenas na Carolina do Norte.
Exatamente por essa importância, Kamala e Trump concentraram suas campanhas nos estados-pêndulo, especialmente na reta final da disputa.
Por ser o estado nesse grupo com mais votos no Colégio Eleitoral (19), a Pensilvânia é a mais cortejada pelos candidatos: em 48 das 59 eleições presidenciais dos Estados Unidos, quem venceu ali chegou à Casa Branca.
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