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O caso envolvendo um padre de Nova Friburgo denunciado por homofobia pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) na última semana deu o que falar na Alerj. Nesta terça (10), durante o expediente final, o deputado Márcio Gualberto (PL), católico fervoroso, saiu em defesa do sacerdote que, segundo ele e boa parte dos cristãos, reproduziu apenas o que está escrito na Bíblia, exercendo seu direito à liberdade de culto.
Para Gualberto, o fato de ser batizado, católico e catequista não permitem que ele se omita neste momento e fique calado. “Onde fica a liberdade religiosa, a liberdade de culto, a liberdade de expressão, a liberdade de consciência? Isso não pode, esses princípios não podem ser implodidos por uma canetada.
Qual será o próximo passo? Acabar com os feriados religiosos? Retirar o nome dos santos e santas dos estados e municípios? São Sebastião do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina? Queimar crucifixos, quebrar imagens em praças públicas, proibir a leitura da Bíblia, colocar censores na porta de igrejas para que esses censores acompanhem o que será dito nas missas e cultos? Não é possível isso. Há que se ter mais responsabilidade”, disse o parlamentar.
O incidente ocorreu em abril de 2023, durante uma missa na capela do Colégio Nossa Senhora das Dores, durante a homilia, momento em que o sacerdote prega sobre temas específicos.
“Não posso concordar que em pleno século 21 um sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana esteja sendo perseguido por uma representante do Ministério Público, porque durante uma homilia o padre, de forma respeitosa, mas verdadeira, testemunhando aquilo que sua doutrina acredita, aquilo que recebeu do Evangelho, aquilo que há 21 séculos a Igreja prega, é inconcebível que ao ter falado contra o homossexualismo, sem ter incentivado nenhum tipo de violência contra ninguém, este padre tenha sido agora recentemente denunciado por esta representante do Ministério Público. É um absurdo completo”, acrescentou o deputado.
Para Márcio Gualberto, estão querendo censurar a igreja, os cristãos e todos aqueles que não se dobram ao status quo. Ele lembrou ainda que o Brasil é um país religioso e que o cristianismo é majoritário.
“Em 21 séculos de cristianismo, católicos verdadeiros jamais se curvaram diante das tiranias. E não foram poucas. Nós temos, na história da Igreja Católica, muitos mártires, muitos mesmo. E foram martirizados porque não aceitaram se dobrar diante dos diversos tiranetes que se ergueram na história da humanidade”, destacou o deputado.
Gualberto disse também que o padre não pode ser punido por ter falado a verdade diante dos seus fiéis e que, apesar dos pesares, de todas as dificuldades e das perseguições, o padre está sendo fiel a Cristo e à sua igreja.
“Ninguém está obrigado a ser católico, ninguém. Mas, se eu adentro uma igreja católica, devo estar preparado, eu devo saber, eu devo ter consciência de que vou ouvir tanto o que gosto como também o que não gosto; tanto o que quero, como também aquilo que eu não desejo”, disse.
Por fim, o parlamentar disse que Jesus e seus seguidores amam o pecador, mas não o pecado. “Ninguém tem a intenção de desrespeitar, ninguém quer que as pessoas com essa tendência sejam maltratadas. Pelo contrário! Quem abrir o catecismo na Igreja Católica verá, mas está muito claro ao mesmo tempo que a igreja, na sua história bimilenar, sempre amou e acolheu os pecadores, mas não os seus e os nossos pecados. Não serão acolhidos. Gostemos ou não, a igreja vai permanecer fiel à revelação divina, a igreja vai permanecer fiel à sua doutrina, a igreja vai permanecer fiel à tradição, à sagrada tradição, à sagrada escritura e ao sagrado magistério. Então, não será uma denúncia nem uma canetada que vai fazer com que o catolicismo deixe de ser fiel ao Senhor Jesus Cristo”, finalizou o deputado
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