Quaquá quer ressumir presidência do PT estadual para desbancar Castro e fazer Paes Governador e Fabiano Horta Senador

Deputado federal e prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá, prepara-se para reassumir controle do PT fluminense e influenciar decisivamente a política do estado

Quaquá quer ressumir presidência do PT estadual para desbancar Castro e fazer Paes Governador e Fabiano Horta Senador

Quaquá quer reassumir presidência do PT estadual 

Em uma reviravolta política que promete agitar o cenário fluminense, o deputado federal e recém-eleito prefeito de Maricá, Washington Quaquá, emerge como uma figura central na reconfiguração do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado do Rio de Janeiro. Com uma trajetória marcada por articulações habilidosas e uma base de apoio em expansão, Quaquá se prepara para reassumir as rédeas do PT estadual, sinalizando uma nova era na política local.

O político, que também ocupa o cargo de vice-presidente nacional do PT, não esconde suas ambições de liderar uma transformação significativa no partido e na política fluminense. Sua ascensão à prefeitura de Maricá que está turbinada com orçamento de quase 10 bilhões (maior orçamento das prefeituras do estado), cidade conhecida por sua robusta economia baseada no dinheiro dos royalties do petróleo, fornece a Quaquá uma plataforma estratégica para implementar projetos inovadores que poderão servir de vitrine para todo o país.

Vereador Marcio Santos (Ex-PT)

A influência de Quaquá se estende muito além dos limites de Maricá. Na capital fluminense, sua articulação política emplacou seu filho secretário municipal e foi fundamental para a eleição de Paes no 1º turno e de diversos vereadores, incluindo nomes como Felipe Pires (PT), Márcio Santos (PV) e Talita Galhardo (PSDB). Além disso, mantém estreitas relações com figuras proeminentes como Tainá de Paula, Maira do MST e Leonel de Esquerda, consolidando uma base de apoio diversificada e influente.

Vereadora Talita Galhardo (PSDB)

Durante seu período em Brasília como deputado federal, Quaquá ampliou seu círculo de alianças, conquistando o respeito de lideranças não apenas da esquerda, mas também do centro e da direita do espectro político (vide foto da capa). Esta capacidade de diálogo e articulação promete ser um trunfo valioso nas eleições de 2026, onde seu papel será crucial no apoio às candidaturas de Lula à presidência e Eduardo Paes ao governo do estado.

O futuro governo de Quaquá em Maricá já desperta curiosidade e expectativas. Com a promessa de implementar um conjunto de megaprojetos, o prefeito eleito planeja transformar a cidade em um modelo de gestão para o Brasil e o mundo. A presença de figuras de projeção nacional em sua equipe, como os atores José de Abreu e Antônio Grassi, além do renomado carnavalesco Paulo Barros, adiciona um toque de prestígio e visibilidade ao seu futuro mandato, porém não será fácil terá, por exemplo, que enfrentar alguns de seus aliados do PL (Pazuello e Altineu Cortês) para tentar eleger Paes com apoio e vice do PT em 2026.

A retomada do comando do PT estadual, prevista para julho do próximo ano, marca apenas o início do que promete ser uma nova fase na carreira política de Quaquá. Com uma base sólida em Maricá, aliados estratégicos na capital e uma rede de influência que se estende até Brasília, o político se posiciona como uma peça-chave no xadrez político fluminense.

Analistas políticos apontam que a ascensão de Quaquá pode representar uma renovação nas estratégias e no posicionamento do PT no Rio de Janeiro. Sua habilidade em construir pontes com diferentes setores da sociedade e do espectro político pode ser crucial para o partido recuperar espaços perdidos e se fortalecer para os desafios eleitorais futuros.

No entanto, o caminho de Quaquá não está isento de desafios. A tarefa de unificar as diferentes correntes dentro do PT, equilibrar as demandas locais de Maricá com suas ambições estaduais, e manter a coesão de sua base de apoio exigirá habilidade política e capacidade de gestão.

Quaquá já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa

O deputado petista já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que veda candidaturas de políticos com problemas na Justiça. Em 2013, um ano após ser reeleito prefeito de Maricá, cidade fluminense, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou sua inelegibilidade por 8 anos.

"Os magistrados seguiram o voto do relator do processo, desembargador Bernardo Garcez, que declarou também a inelegibilidade de Quaquá por oito anos, contados a partir de 2012, pela prática de abuso do poder político e conduta vedada a agente público" informou o TSE à época do julgamento. Reeleito em 2012, Quaquá foi acusado de utilizar o lançamento do Programa Renda Melhor em Maricá para obter benefícios eleitorais.

Pesa sobre seus ombros ainda o fato de sua condenação a três anos, dois meses e 15 dias de reclusão por "expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea". A pena foi transformada em prestação de serviço à comunidade e pagamento de multa. O caso ainda tramita na segunda instância.

Eleição da mulher Gabriela Siqueira e da ex-mulher Zeidan e do filho Diego Zeidan a Deputados Estadual e Federal pelo PT e do atual prefeito de Maricá Fabiano Horta a Senador é um desafio por vir.

Quaquá tem como desafio ainda conquistar o apoio da segunda maior força dentro do PT hoje, o ex-presidente da Alerj e braço direito de Lula, André Ceciliano, que ajudou a reeleger Fernanda Ontiveros (PT) em Japeri e elegeu seu filho Andrezinho prefeito em Paracambi, sendo este talvez o único capaz de medir força com Quaquá em pé de igualdade financeira e política no PED (Eleições internas do PT) que acontecerá em julho de 2024.

Corre por fora, ainda o grupo de Rodrigo Neves dentro do PT, que também merece respeito e pode atrapalhar os planos de Quaquá, ou pelo menos fazer ele gastar mais para se eleger Presidente novamente do PT, mas Quaquá é bom de acordo, conseguiu, por exemplo, em um acordo velado com Altineu Côrtes e Delaroli prefeito de Itaboraí para tirar possíveis candidatura de nomes fortes do PL em Maricá como Poubel (PL), Vereador Netuno (PL) e Delaroli (PL) de Maricá, tendo assim que gastar quase nada para se eleger em Maricá novamente, já que derrubou todos os adversários fortes no tapetão antes das eleições.

Altineu Côrtes em visita ao seu Camarote Favela na Sapucaí

Deputados Lindbergh Farias e Veronica Lima são outros dois nomes que podem engrossar o caldo de discórdias aos planos familiar de Quaquá, o primeiro casado com a Presidente Nacional do partido, representante da ala mais à esquerda do partido no Rio e inimigo das políticas públicas que massacra o Servidor Municipal de Eduardo Paes e a segunda, cria de Niterói apoiada historicamente por Joãozinho (Vice de Quaquá e atual Presidente do PT-RJ) e Rodrigo Neves.

À medida que se aproxima o momento de reassumir o controle do PT estadual, todos os olhos estarão voltados para Washington Quaquá. Sua capacidade de traduzir influência política em resultados concretos será testada, tanto na gestão de Maricá quanto na liderança partidária. O sucesso nessa empreitada poderá não apenas redefinir os rumos do PT no Rio de Janeiro, mas também impactar significativamente o cenário político nacional.

Por Ralph Lichotti (Ex-Presidente do PT de Itaperuna, Ex-membro do Diretório Estadual do PT-RJ e Ex-Presidente do Setorial Nacional de Segurança Alimentar do PT Nacional)

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Por Ultima Hora em 09/12/2024
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