Queda de Pazuello na Saúde, coloca Centrão na articulação da escolha do seu substituto

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A indicação da cardiologista Ludhmila Hajjar, para substituir o ministro da Saúde Eduardo Pazuello perdeu folego. Ela foi fritada, após o presidente ser lembrado de uma entrevista onde foi citado por ela como “genocida”, (jargão usado pela oposição para desconstruir o presidente). Apesar da visibilidade durante a pandemia, por tratar a doença, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, seu nome foi descartado. 

Próxima de políticos, a cardiologista tratou do próprio Pazuello quando ele foi infectado pelo novo coronavírus. Atendeu também o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro Fábio Faria, das Comunicações, o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Dias Toffoli quando presidia o Supremo, e também os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. 

Dificuldade para escolher o substituto 

Com o impasse o presidente Jair Bolsonaro pretendia substituir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. O parlamentar compõe o Centrão e foi ministro da Saúde no governo do ex-presidente Michel Temer. 

O Centrão “ligou as baterias” na tarde de domingo e o grupo de congressistas ligado a Arthur Lira, pressiona para que a escolha seja o deputado Luizinho (Progressistas-RJ), que é próximo ao presidente da Câmara. 

Com a pandemia se agravando, atingindo mais de 2 mil mortes por dia, Bolsonaro refez seu discurso, agora a favor da vacina – o que fez do ministro, cuja pasta vem sofrendo duros ataques da oposição, errou entregas de doses para os estados e que só nos oito primeiros dias deste mês reduziu cinco vezes as previsões de vacinas. Para íntimos Pazuello confessa que está com problemas de saúde. Ele foi internado em outubro do ano passado tratamento cardiológico. 

Foto: Agência Brasil / Reprodução.