Racha no PT: Quaquá defende Brazão acusados do Caso Marielle, Anielle Franco reage e Quaquá acusa ministra de oportunismo político em cima da morte da irmã

Racha no PT: Quaquá defende Brazão acusados do Caso Marielle, Anielle Franco reage e Quaquá acusa ministra de oportunismo político em cima da morte da irmã

Ministra promete acionar comissão de ética do partido após declarações do vice-presidente nacional

Uma nova controvérsia agita o Partido dos Trabalhadores (PT) após o vice-presidente nacional da sigla e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, publicar uma foto nas redes sociais ao lado da família de Domingos Brazão, réu no processo que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco. O episódio gerou forte reação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, que prometeu acionar a comissão de ética do partido.

Segundo o vice-presidente do PT, existem pessoas na esquerda que “nunca leram o processo”. “Tem gente na esquerda que nunca leu o processo e acusa as pessoas de culpadas. Tem um peso e duas medidas. Eu não ajo assim”, disse.

Quaquá disse ao Metrópoles que milita na esquerda e é do Rio de Janeiro há 38 anos e “não conhece direito” a ministra da Igualdade Racial.

“Conheci há pouco tempo como irmã da vereadora brutalmente assassinada Marielle. Eu sou Quaquá muito antes da Marielle ser vereadora ou fazer política”, argumentou o petista.

Detalhes da Polêmica

  1. Publicação de Quaquá:

    • Postou foto com a esposa e filhos de Domingos Brazão
    • Defendeu a inocência de Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de serem mandantes do crime
    • Afirmou ter lido o processo e não haver provas contra os acusados
  2. Reação de Anielle Franco:

    • Criticou duramente a declaração do dirigente
    • Prometeu questionar a postura de Quaquá na comissão de ética do PT
    • Expressou indignação: "Inacreditável, depois de tudo que a gente passou, ver pessoas se aproveitarem e usarem o nome da minha irmã sem qualquer responsabilidade"
  3. Posicionamento do PT:

    • Gleisi Hoffmann, presidente do PT, repudiou as manifestações de Quaquá
    • Reafirmou o compromisso do partido com a justiça no caso Marielle

Contexto do Caso

Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, estão presos preventivamente, acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018.

Impacto no Partido

Este episódio expõe tensões internas no PT e levanta questões sobre a coesão do partido em relação a temas sensíveis como o caso Marielle. A postura de Quaquá, um alto dirigente partidário, em contradição com a posição oficial do partido e do governo, pode ter repercussões significativas.

Declarações Adicionais

Quaquá, em resposta às críticas

  • Deseja que os assassinos de Marielle não tenham regalias nem penas diminuídas
  • Alega não haver "provas concretas e cabais" para identificar os mandantes
  • Critica aqueles que, segundo ele, "ganharam notoriedade" a partir da morte de Marielle

Análise e Perspectivas

Este incidente destaca:

1. A complexidade e sensibilidade contínuas do caso Marielle Franco
  1. Desafios de unidade dentro do PT em questões controversas
  2. O papel das redes sociais na amplificação de conflitos políticos internos

A forma como o PT lidará com esta situação, especialmente através de sua comissão de ética, será crucial para manter a coesão interna e a credibilidade externa do partido.

O episódio envolvendo Washington Quaquá e suas declarações sobre o caso Marielle Franco representa um momento delicado para o PT.

A reação de Anielle Franco e o posicionamento oficial do partido indicam um possível conflito interno que pode ter desdobramentos significativos nos próximos dias. A maneira como esta situação será gerida pode impactar não apenas a dinâmica interna do PT, mas também sua imagem pública e seu compromisso com causas de justiça social.

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Por Ultima Hora em 10/01/2025

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