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Agressão a vereador une candidatos em solidariedade, menos Ramagem
Em um gesto que não passou despercebido nos bastidores políticos do Rio de Janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem foi o único entre os principais candidatos à prefeitura que não visitou o vereador Leonel Querino, brutalmente agredido pelo também candidato Rodrigo Amorim. Como diria o saudoso jornalista Roberto Marinho, "na política, às vezes o silêncio fala mais alto que mil discursos".
O prefeito Eduardo Paes, em uma demonstração de solidariedade que transcende as barreiras partidárias, esteve pessoalmente no hospital para visitar Querino, candidato a vereador pelo PT. Paes não só ofereceu apoio ao colega ferido, mas também exigiu punição exemplar ao agressor. "A violência não pode ser tolerada em nossa democracia", declarou o prefeito, ecoando as palavras do filósofo Voltaire: "Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo".
Tarcísio Motta e Marcelo Queiroz, outros candidatos à prefeitura, também fizeram questão de visitar Querino, reforçando a mensagem de que a violência política é inaceitável. A atitude destes políticos lembra a famosa frase de Martin Luther King Jr.: "O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons".
A ausência de Ramagem neste coro de solidariedade levanta questionamentos sobre sua postura diante da violência política. Como bem observou certa vez o estadista Winston Churchill, "Você tem inimigos? Ótimo. Isso significa que você defendeu algo, alguma vez na vida".
O incidente envolvendo Leonel Querino e Rodrigo Amorim não é apenas um caso isolado de violência, mas um sintoma preocupante do acirramento do clima político na cidade maravilhosa. É um lembrete sombrio de que, nas palavras do escritor George Orwell, "em tempos de mentira universal, dizer a verdade é um ato revolucionário".
Enquanto a cidade aguarda as devidas investigações e punições, fica claro que a postura dos candidatos diante deste episódio será lembrada pelos eleitores.
Partidos lançam carta contra Rodrigo Amorim após caso de agressão no RJ
Uma carta aberta “em defesa da democracia e contra a violência na política” foi assinada por nove partidos, no Rio, depois do caso de agressão ao candidato a vereador pelo PT, Leonel Querino, o “Leonel de Esquerda”.
Rodrigo Amorim, candidato a prefeito da capital fluminense pelo União Brasil, é apontado como agressor do candidato petista, mas Amorim nega. Sobre o político, que é deputado estadual no Rio de Janeiro, a carta diz: “Não podemos aceitar que um deputado estadual e candidato a prefeito fique impune depois de praticar uma agressão covarde”.
Em outro trecho, os partidos afirmam que Amorim “possui reiterado comportamento relacionado à violência política em curta trajetória na vida pública”. Um dos casos mais conhecidos é a manifestação de 2018 em que ele quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco. Em outro caso, ele cometeu transfobia com Benny Briolly, vereadora trans do PSOL em Niterói, e foi condenado por violência política de gênero pelo TRE do Rio.
O texto, que fala em “truculência e violência” por parte de Amorim, tem adesões de PcdoB, PV, PSB, PSD (de Eduardo Paes), Cidadania, PSOL (de Tarcísio Motta), MDB — integrante da coligação do bolsonarista Alexandre Ramagem (PL) e PDT, além do PT.
Ao longo da carta aberta, as legendas dizem que “na última semana, várias campanhas foram vítimas de agressões, culminando com a violência sofrida pelo candidato Leonel Querino”. Além dele, vítima de agressão física, também foram relatadas agressões verbais pelas campanhas de Mônica Francisco (PSOL) e Gilberto Palmares (PT). Esses episódios não estão relacionados a Rodrigo Amorim.
Ao fim do texto, os partidos afirmam que “medidas necessárias” contra Rodrigo Amorim vão ser tomadas nas esferas eleitoral e criminal. Leonel Querino formalizou a agressão por meio de um boletim de ocorrência. Amorim disse à Polícia Civil que não agrediu o candidato e que teria sido caluniado por ele.
Leonel Querino, candidato a vereador agredido
TRE-RJ se manifesta sobre episódio de agressão
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, pediu serenidade às siglas. Em reunião com partidos nesta segunda, dia 2, o desembargador disse:
“Peço que conversem com suas bases, candidatos e cabos eleitorais para pedir que as campanhas sejam feitas com respeito e sem conflitos físicos”, disse o presidente, segundo nota do TRE. “A política é a arte da conversa, brigas como as que ocorreram recentemente não fazem bem para o partido e para os candidatos. Eles devem brigar com palavras apenas, isso é o que se espera do político”.
Novo boletim divulgado pelo Hospital Glória D’Or informa que Leonel recebeu alta médica na noite desta segunda-feira (2).
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