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Em um cenário político cada vez mais complexo no Rio de Janeiro, a cidade de Maricá se vê diante de uma importante virada. A recente manutenção da condenação de Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá e figura central do Partido dos Trabalhadores (PT) na região, por parte do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, abre um novo capítulo na política local.
Condenado a 3 anos de prisão em regime aberto por fechar a pista do aeródromo de Maricá, Quaquá enfrenta não apenas desafios legais, mas também políticos, especialmente com a aproximação das eleições de 2024, onde vislumbrava retornar à prefeitura.
Diante deste cenário, o nome de Renato Machado emerge como uma forte alternativa para liderar o PT em Maricá. Eleito deputado estadual com expressiva votação, Machado não é apenas uma nova esperança para o partido, mas também uma figura já consolidada na política local. Sua trajetória política, marcada por uma parceria de quase 20 anos com Fabiano Horta, atual prefeito de Maricá, e sua atuação como Secretário de Obras, onde liderou a SOMAR (Autarquia de Obras de Maricá), destacam-se como fundamentais para o desenvolvimento da cidade.
Renato Machado, que também se dedicou à Secretaria de Assuntos Religiosos, promovendo um trabalho ecumênico, tem em seu currículo a implementação de importantes projetos de infraestrutura que transformaram Maricá. Sob sua gestão, a cidade viu melhorias significativas em drenagem, pavimentação de ruas, urbanização, além de avanços em serviços essenciais como saúde, educação e transporte.
Com um MBA em Gestão Pública e Meio Ambiente, Machado assume posições de liderança na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), presidindo a Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional e participando ativamente de outras comissões importantes. Seu foco em políticas públicas voltadas para a geração de emprego e renda, saneamento básico, infraestrutura e combate à desigualdade social, ressoa com as necessidades da população maricaense.
A condenação de Quaquá, apesar de não implicar diretamente na perda de seus direitos políticos, cria uma atmosfera de incerteza jurídica que pode afetar suas ambições políticas futuras. Neste contexto, a emergência de Renato Machado como pré-candidato reflete não apenas a necessidade de renovação dentro do PT, mas também o desejo de manter a continuidade do projeto político que transformou Maricá nos últimos anos.
Enquanto Quaquá e sua defesa buscam recursos contra a condenação, a cidade e o PT local já começam a se organizar pensando no futuro. Com o nome de Renato Machado ganhando força, Maricá pode estar à beira de uma nova era política, marcada pela continuidade do progresso e pela renovação da liderança.
A oposição, unida em torno de figuras como os Deputados Poubel e Delaroli e o Vereador Netuno, observa atentamente, ciente de que a disputa pela "joia da coroa" do estado do Rio será intensa e significativa.
Em conclusão, a política de Maricá está em um momento de transição crucial. Com a provável candidatura de Renato Machado, o PT busca não apenas superar os desafios impostos pela situação legal de Quaquá, mas também reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento e o bem-estar da população maricaense.
A capacidade de Machado de unir experiência, inovação e um profundo conhecimento das necessidades locais, o posiciona como uma promessa de continuidade e renovação para Maricá.
Quaquá e Renato Machado juntos nas eleições de 2024 - Foto: Rede social
RELEMBRE O CASO
Há 10 anos o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro tornou inelegível por oito anos e multou em R$ 25 mil o prefeito reeleito de Maricá e presidente regional do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, por abuso de poder político e econômico. Candidato à reeleição na época, ele reajustou a remuneração de parte dos servidores em até 100% após o período permitido pela legislação. Quaquá já tinha sido condenado uma vez quando o Colegiado do TRE-RJ condenará o ex-prefeito de Maricá a ficar oito anos de inelegível por fatos ocorridos na campanha de 2012. Em 19 de agosto de 2013, o tribunal entendeu que houve abuso de poder político quando, em pleno ano eleitoral, Quaquá enviou 11.073 telegramas convocando eleitores ao lançamento do programa social "Renda Melhor", que não constava do orçamento do município no ano anterior.
Quaquá, na época, não aceitou a decisão judicial e concorreu a Deputado Federal com liminar, prejudicando toda a nominata do PT, que perdeu seus votos e deixou de eleger bancada de Deputados Federais, tendo sido empossado naquela eleição em 2018 como Deputada somente Benedita da Silva.
Em 2022, tendo seus direitos políticos recuperados, Quaquá concorreu novamente e sagrou-se Deputado Federal. Desde então vem dizendo ser o candidato do PT a prefeito em Maricá.
Ocorre que existe uma terceira condenação colegiada recente contra Quaquá no TRF, que pode deixar ele fora das eleições deste ano; entenda!
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região manteve, por unanimidade, a condenação do ex-prefeito de Maricá e atual Deputado Federal Washington Quaquá (PT) ao rejeitar as apelações de sua defesa no processo que o condenou a 3 anos de prisão em regime aberto por fechar a pista do aeródromo de Maricá, no Rio de Janeiro, quando o petista era prefeito.(Confira a decisão clicando aqui!)
A justiça entendeu que, em 2013, Quaquá permitiu a publicação do decreto 171/2013, permitindo o fechamento da pista sem a devida comunicação às autoridades aeronáuticas, o que pode ter colocado a vida de pilotos e tripulantes em risco. Naquele ano, no dia 21 de outubro, uma aeronave caiu na Lagoa de Maricá, próximo ao Marine, culminando na morte de um juiz federal e o piloto do avião monomotor. Quaquá, no entanto, não foi condenado pelo crime de homicídio.
Através de sua assessoria de imprensa, o Deputado Quaquá informou que irá recorrer da condenação. (Leia a nota completa ao final do texto).
Tal condenação pode melar os planos de Quaquá em voltar para a prefeitura de Maricá em 2025, já que o parlamentar ventilava aos quatro cantos que quer voltar a governar a cidade que comandou de 2009 a 2016.
Com a condenação, Quaquá provavelmente não conseguirá tirar as certidões negativas, o que levará à rejeição de sua candidatura pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), levando o ex-prefeito a ter que buscar um recurso, correndo o risco de ser indeferido.
Para o Partido dos Trabalhadores, que governa Maricá há 15 anos, uma alternativa ao nome deverá ser buscada para garantir a continuidade do projeto iniciado lá atrás, por Quaquá e seu grupo político.
Em nota enviada ao Maricá Info, a defesa do Deputado Federal Washington Quaquá “esclarece que, ao contrário do que foi apontado pela notícia, não houve qualquer condenação do deputado vinculada à ocorrência de acidade aéreo na lagoa da Maricá.
O próprio MPF já havia reconhecido que o relatório técnico produzido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) apontou que a aeronave mencionada não sobrevoou o aeródromo de Maricá e sofreu a queda por problema técnicos, sem nenhuma relação com as ações executadas pela Prefeitura.
A defesa também esclarece que apresentará os recursos cabíveis contra o acórdão proferido pelo TRF da 2ª Região, tendo em vista a ausência de qualquer responsabilidade ou erro quanto aos fatos apontados pelo MPF.
A fiscalização implementada em 2013 no aeródromo de Maricá ocorreu para garantir a própria segurança da população e evitar a continuidade dos sucessivos acidentes aeronáuticos provocados por escolas de instrução de pilotos. As ações adotadas jamais colocaram qualquer pessoa ou aeronave em risco, sendo certo que tampouco houve registro de qualquer acidente.”
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Fotos e Fontes: Redes Sociais, Uol
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