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No último artigo pré-eleições, fiz previsões sobre os resultados do segundo turno nas capitais e acertei em 90% delas, errando apenas em Palmas e Fortaleza, onde a disputa estava tecnicamente empatada. Em Fortaleza, superestimei o prestígio de Ciro Gomes, que apoiou o candidato da direita, mas o vencedor acabou sendo Evandro Leitão (PT). Isso levanta a questão: ou Ciro não apoiou o suficiente ou seu prestígio está em decadência na capital cearense. Em Palmas, a tradição de Siqueira Campos, pai do eleito, prevaleceu. Esses resultados ressaltam a dificuldade de análises em contextos controversos e, principalmente, a importância das pesquisas eleitorais.
A predominância do centro e da direita se confirmou, com partidos como MDB, PSD, União Brasil e PL sendo os grandes vitoriosos, especialmente nas capitais. Essa configuração fortalece esses grupos para 2026. Por outro lado, a esquerda enfrenta desafios significativos e precisará renovar seus discursos e buscar parcerias com partidos centristas para manter relevância política. Estas eleições refletiram uma tendência de fortalecimento do centro e da direita. A descentralização do poder político observada sugere a emergência de lideranças locais e alianças flexíveis, impactando potencialmente a corrida presidencial de 2026. Além disso, sugerindo um novo arranjo político que pode influenciar o cenário eleitoral nacional nos próximos anos - Lula que se cuide.
A vitória de Rodrigo Neves (PDT) em Niterói simboliza a resiliência de uma agenda progressista em áreas urbanas tradicionais, contrastando com o avanço conservador em outras regiões. Este resultado destaca a importância das alianças e da capacidade de liderança local na construção de apoio político. Aqui errei nos percentuais dentro da famosa “Margem de erro”.
Os erros nas previsões para Fortaleza e Palmas ilustram a incerteza nas eleições, onde mesmo pesquisas indicativas podem não captar todas as nuances do eleitorado. Isso não diminui a importância das pesquisas, que são fundamentais para mapear as preferências do eleitorado, fornecendo uma visão detalhada sobre quais candidatos estão em ascensão e como os eleitores reagem a temas e eventos recentes. Elas não apenas revelam a força de cada candidato em um dado momento, mas também ajudam a identificar tendências e oscilações ao longo da campanha, permitindo que os candidatos ajustem suas estratégias de forma eficaz.
Outro ponto importante é o impacto psicológico que as pesquisas têm sobre o eleitorado. Elas podem gerar um "efeito manada", onde eleitores indecisos tendem a apoiar candidatos que aparecem como favoritos, ou um "efeito de reação", mobilizando eleitores contrários a líderes em potencial. Isso enfatiza como as percepções construídas pelas pesquisas podem influenciar o comportamento dos eleitores.
Em resumo, as pesquisas eleitorais são fundamentais para entender o cenário político e orientar estratégias. No entanto, a imprevisibilidade das eleições exige uma análise cuidadosa e flexível. As pesquisas desempenham um papel crucial nas eleições, mapeando preferências, analisando tendências e orientando estratégias de campanha, mas a complexidade e a dinamicidade do cenário político tornam essencial uma abordagem crítica e adaptativa.
Na próxima semana, vamos falar sobre as eleições americanas, que ocorrerão em 5 de novembro . A disputa pela Casa Branca está acirrada entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, com pesquisas apontando um cenário indefinido.
Ate lá.
Filinto Branco- Colunista político.
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