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Vitória de Ricardinho Pinheiro: O Início de Novas Alianças e Conflitos
No cenário político do Rio de Janeiro, uma vitória significativa foi alcançada por Ricardo Reis Pinheiro ao derrotar Juares Barroso, que contava com o apoio de Washington Quaquá, na disputa pela indicação da Fundação Parques e Jardins. Essa conquista não apenas destaca a habilidade política de um campo forte de oposição que nasce contra o autoritarismo de Quaquá no PT, mas também revela fissuras dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), especialmente em Maricá, um dos redutos mais influentes do partido.
A vitória de Ricardinho, celebrada por seus colaboradores Marcelo Sereno e Adeílson Teles, é vista como um marco importante. No entanto, ela também trouxe à tona tensões internas no PT do Rio, onde Joãozinho, atual presidente do partido, havia articulado para que Fabiano Horta fosse seu sucessor no PT-RJ. E a movimentação de Quaquá, ao lançar Fabiano Horta como candidato ao Senado, desafia essa estratégia e gera um embate direto com a pré-candidatura de Lula a Deputada Federal Benedita da Silva ao mesmo cargo.
O nome nome de Ricardinho surgiu a partir do entendimento com o Quaquá, que teve um gesto de grandeza e construiu a unidade partidária nesta indicação, o PT ganhou e na composição vai entrar todos e o Quaquá foi o piloto disso conduziu com grandeza e organizou a unidade, depois do racha.
Além disso, Quaquá parece estar negando espaço e abandonando seu vice-Prefeito Joãozinho e Fabiano Horta e traçando um caminho político para sua família, ao planejar tentar eleger seu filho, Diego Zeidan, como Deputado Federal, e sua esposa, Gaby, como Deputada Estadual, ambos neófitos na disputa do legislativo. Essa estratégia pode complicar ainda mais as alianças dentro do PT, especialmente se considerarmos a possível candidatura de Tainá de Paula, pupila e tida com sucessora de Benedita, à Câmara dos Deputados e das candidaturas a reeleição dos Deputados Estaduais Rosângela Zeidan, Verônica Lima e Renato Machado, os 3 com base eleitorais em Maricá, que não estão gostando nada dessas pretensões de Quaquá.
No cenário estadual, a situação se complica ainda mais com a posição de Eduardo Paes, que desta vez não poderá escapar das pressões para ceder a vice ao PT na disputa pelo governo do estado, já que o ex-presidente da Alerj André Ceciliano e Adilson Pires se licenciaram dos cargos que ocupavam esperando uma possível vice de Paes nas eleições 2024 que negou fogo, e estão mordidos com Quaquá que abriu mão da vice e deixou Paes a vontade para passar o rodo e colocar outro vice de seu partido.
A saúde do ex-presidente Lula também é um fator de preocupação para todos que têm planos políticos dentro do PT, adicionando uma camada de incerteza ao já complexo panorama político.
A vitória do grupo de Ricardinho, portanto, não é apenas um triunfo individual, mas um catalisador para uma série de rearranjos e disputas internas que podem redefinir o futuro político do PT no Rio de Janeiro e, possivelmente, em nível nacional.
Cota da Esquerda no governo Paes
Everton Gomes indicação PDT deve permanecer na Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTE)
O ex-petista e Vereador Marcio Santos deve ser o novo Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário do Rio de Janeiro para acalmar os ânimos do PC do B e PV e abrir vaga na Câmara para suplente Luciana Novaes, e o vereador de Quaquá 'Niquinho'.
Diego Zeidan filho de Quaquá deve assumir a Habitação no lugar de Caiado.
Vereadora do PT Tainá de Paula (Benedita) deve voltar para o Ambiente e Clima.
Adilson Pires (Ex-vice de Paes e Pai do Vereador ou Tiago Santana (Presidente do PT Carioca ligado a Benedita e 3º Suplente do PT) brigam pela Secretaria Especial de Cidadania - SECID.
Ricardinho assume a Fundação Parques e Jardins.
Vereador Edson Santos ex-ministro de Lula também é cotado para ter um espaço no Governo Paes, por sua lealdade.
Sheik do PT enfrenta seu maior adversário a "soberba"
Don Corleone é um personagem fictício da trilogia de filmes O Poderoso Chefão, cujo Quaquá parece querer imitar
A influência de Quaquá, se confunde com maior orçamento (cerca de 9 Bilhões) municipal do Estado, e sua riqueza pessoal e seu exibicionismo que não existia antes de virar Prefeito se estende muito além dos limites de Maricá, abrindo questionamentos e curiosidades por parte de muitos.
Na capital fluminense, sua articulação política emplacou seu filho Diego secretário municipal e foi fundamental para a eleição de Paes no 1º turno e de diversos vereadores, incluindo nomes como Felipe Pires (PT), Márcio Santos (PV) e Talita Galhardo (PSDB). Além disso, mantém estreitas relações com figuras proeminentes como Tainá de Paula, Maira do MST e Leonel de Esquerda, consolidando uma base de apoio diversificada e influente.
Vereadora Talita Galhardo (PSDB)
Durante seu período em Brasília como deputado federal, Quaquá ampliou seu círculo de alianças, conquistando o respeito de lideranças não apenas da esquerda, mas também do centro e da direita do espectro político. Esta capacidade de diálogo e articulação promete ser um trunfo valioso nas eleições de 2026, onde seu papel será crucial no apoio às candidaturas de Lula à presidência e Eduardo Paes ao governo do estado.
O futuro governo de Quaquá em Maricá já desperta curiosidade e expectativas. Com a promessa de implementar um conjunto de megaprojetos, o prefeito eleito planeja transformar a cidade em um modelo de gestão para o Brasil e o mundo. A presença de figuras de projeção nacional em sua equipe, como os atores José de Abreu e Antônio Grassi, além do renomado carnavalesco Paulo Barros, adiciona um toque de prestígio e visibilidade ao seu futuro mandato, porém não será fácil atingir seus planos para 2026, terá, por exemplo, que enfrentar alguns de seus aliados do PL (Pazuello e Altineu Cortês) para tentar eleger Paes com apoio e vice do PT em 2026, pesa contra Quaquá também a defesa de Brazão e acordo para cassar Deputados do PL Nicolas e outros.
Racha interno e Divisões no PT: A Conquista de Ricardinho e Seus Impactos
A sinalização que Quaquá tentará a retomada do comando do PT estadual, prevista para julho do próximo ano que vem, marca apenas o início do que promete ser uma nova fase na carreira política de Quaquá. Com uma base sólida em Maricá, aliados estratégicos na capital e uma rede de influência que se estende até Brasília, o político se posiciona como uma peça-chave no xadrez político fluminense.
Analistas políticos apontam que a ascensão de Quaquá pode representar uma renovação nas estratégias e no posicionamento do PT no Rio de Janeiro. Sua habilidade em construir pontes com diferentes setores da sociedade e do espectro político pode ser crucial para o partido recuperar espaços perdidos e se fortalecer para os desafios eleitorais futuros.
No entanto, existem pedras no caminho e o caminho de Quaquá não está isento de desafios. A tarefa de unificar as diferentes correntes dentro do PT, equilibrar as demandas locais de Maricá com suas ambições estaduais, e manter a coesão de sua base de apoio exigirá habilidade política e capacidade de gestão.
Quaquá já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa
O deputado petista já foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que veda candidaturas de políticos com problemas na Justiça. Em 2013, um ano após ser reeleito prefeito de Maricá, cidade fluminense, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou sua inelegibilidade por 8 anos.
"Os magistrados seguiram o voto do relator do processo, desembargador Bernardo Garcez, que declarou também a inelegibilidade de Quaquá por oito anos, contados a partir de 2012, pela prática de abuso do poder político e conduta vedada a agente público" informou o TSE à época do julgamento. Reeleito em 2012, Quaquá foi acusado de utilizar o lançamento do Programa Renda Melhor em Maricá para obter benefícios eleitorais.
Pesa sobre seus ombros ainda o fato de sua condenação a três anos, dois meses e 15 dias de reclusão por "expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea". A pena foi transformada em prestação de serviço à comunidade e pagamento de multa. O caso ainda tramita na segunda instância.
Eleição da mulher Gabriela Siqueira e do filho Diego Zeidan a Deputado Estadual e Federal pelo PT é um complicador.
Quaquá tem como desafio ainda conquistar o apoio da segunda maior força dentro do PT hoje, o ex-presidente da Alerj e braço direito de Lula, André Ceciliano, que ajudou a reeleger Fernanda Ontiveros (PT) em Japeri e elegeu seu filho Andrezinho prefeito em Paracambi, sendo este talvez o único capaz de medir força com Quaquá em pé de igualdade financeira e política no PED (Eleições internas do PT) que acontecerá em julho de 2024.
Corre por fora, ainda o grupo de Rodrigo Neves dentro do PT, que foi traído por Quaquá no Primeiro turno das eleições de Niterói que apoiou candidata do Psol e levou eleição para o 2º Turno, para daí então declarar apoio a Neves face a candidato de Bolsonaro, logo Niterói também merece respeito e pode atrapalhar os planos de Quaquá, ou pelo menos fazer ele gastar mais para se eleger Presidente novamente do PT,.
Mas Quaquá graças a desistência da candidatura de Zeidan em Itaboraí, conseguiu, por exemplo, em um acordo velado com Altineu Côrtes e Delaroli prefeito de Itaboraí para tirar possíveis candidatura de nomes fortes do PL em Maricá como Poubel (PL), Vereador Netuno (PL) e Delaroli (PL) de Maricá, tendo assim que gastar quase nada para se eleger em Maricá novamente, já que derrubou todos os adversários fortes no tapetão antes das eleições, porém Delaroli se saiu bem melhor em porcentagem que Quaquá diante dos adversários postes colocados pelo PL em Maricá e pelo PT em Itaboraí e Zeidan não está gostando nada da atual esposa de Quaquá imitar ela em tudo, mesmos Restaurantes, Hoteis, lugares e até as mesmas profissões.
Altineu Côrtes em visita ao seu Camarote Favela na Sapucaí
Deputados Lindbergh Farias e Veronica Lima são outros dois nomes que podem engrossar o caldo de discórdias aos planos familiar de Quaquá, o primeiro casado com a Presidente Nacional do partido e Deputada Federal Gleisi Hoffmann, representante da ala mais à esquerda do partido no Rio e inimigo das políticas públicas que massacra o Servidor Municipal de Eduardo Paes e a segunda, cria de Niterói apoiada historicamente por Joãozinho (Vice de Quaquá e atual Presidente do PT-RJ) e Rodrigo Neves.
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