Ricardo Abrão, sobrinho de Anísio, assume vaga deixada por Brazão na Câmara

Ex-presidente da Beija-Flor ee ex-deputado estadual, Ricardo Abrão ocupará o cargo até fevereiro de 2027 após a cassação do mandato de Chiquinho Brazão

Ricardo Abrão, sobrinho de Anísio, assume vaga deixada por Brazão na Câmara

O empresário Ricardo Martins David, conhecido como Ricardo Abrão (União Brasil-RJ), assumiu na manhã desta sexta-feira (25) a vaga deixada por Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) na Câmara dos Deputados. Segundo informações do jornal O Globo, Brazão teve seu mandato cassado pela Mesa Diretora da Casa na quinta-feira (24), devido à ausência em sessões legislativas. Abrão, de 52 anos, exercerá o mandato em definitivo até fevereiro de 2027.

Ricardo Abrão tem trajetória política e familiar marcada pela influência no município de Nilópolis e no carnaval carioca. Filho de Farid Abrão David, ex-prefeito da cidade e ex-presidente da Beija-Flor de Nilópolis, e sobrinho do bicheiro Aniz Abraão David, o Anísio, o novo deputado também comandou a escola de samba entre 2017 e 2021. Nas eleições de 2022, recebeu 43.219 votos, ficando na suplência.

Antes de assumir o mandato atual, Abrão já havia ocupado temporariamente uma cadeira na Câmara em três oportunidades desde 2023, sempre em substituições pontuais. Durante esses períodos, discursou apenas duas vezes, mas apresentou 87 propostas legislativas, entre elas a solicitação de uma audiência pública sobre a regulamentação da venda de cigarros eletrônicos na Comissão de Saúde.

A experiência política de Ricardo Abrão inclui dois mandatos como deputado estadual, eleitos em 2002 e 2010, e um breve período como secretário especial de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio de Janeiro, entre fevereiro e março de 2024, substituindo justamente Chiquinho Brazão.

Cassação de Brazão

Chiquinho Brazão teve o mandato cassado sob a justificativa de descumprimento do artigo 55, inciso III, parágrafo 3º da Constituição Federal, que trata da perda de mandato por faltas em sessões legislativas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Câmara nesta sexta-feira e foi assinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros membros da Mesa Diretora.

Brazão está preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. A prisão foi confirmada em abril, em votação na Câmara. Apesar de o Conselho de Ética ter aprovado em agosto um relatório recomendando a cassação do deputado, o processo nunca foi levado ao plenário para votação.

A líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), comemorou a perda do mandato de Brazão, mas criticou o método utilizado. “Já havia passado da hora do acusado de mandar matar Marielle perder seu mandato de deputado. A política não pode comportar miliciano e gente com tão grave acusação. Mas lamento profundamente que isso não tenha acontecido via deliberação de plenário pela cassação”, afirmou Talíria. Segundo ela, o objetivo foi preservar os direitos políticos de Brazão, evitando sua inelegibilidade e protegendo parlamentares aliados de se comprometerem no registro da cassação.

A decisão de perda de mandato foi assinada também pelo primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), o segundo vice-presidente Elmar Nascimento (União-BA), o primeiro-secretário Carlos Veras (PT-PE), o segundo-secretário Lula da Fonte (PP-PE), a terceira-secretária Delegada Katarina (PSD-SE) e o quarto-secretário Sergio Souza (MDB-PR).

Via Agenda do Poder

Por Ultima Hora em 27/04/2025
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