Rio Design Leblon é vendido e parte do shopping pode virar escritórios

JGP compra Rio Design Leblon e quer converter parte do shopping em escritórios

Rio Design Leblon é vendido e parte do shopping pode virar escritórios

A JGP está comprando o Rio Design Leblon com a ideia de transformar parte do shopping em escritórios triple-A — uma tese cada vez mais latente no bairro e abraçada recentemente pela HSI na compra da sede da Oi. 

A transação depende de condições precedentes normais nesse tipo de operação.

A gestora de André Jakurski vai pagar R$ 160 milhões por 100% do shopping, que pertencia a Servenco e era administrada a Ancar Ivanhoe, fontes a par do assunto disseram à reportagem do Brazil Journal. 

A gestora deve investir ainda cerca de R$ 40 milhões para fazer o retrofit e a adaptação do imóvel.

Segundo as fontes, a ambição da JGP é conseguir um aluguel igual ou maior que o praticado na torre comercial do Shopping Leblon, que se tornou um hub para gestoras como  Squadra, Atmos, ARX e 3G Radar. 

O aluguel do Offices Shopping Leblon, que fica literalmente do outro lado da rua do Rio Design, gira em torno de R$ 300 o metro quadrado. 

O Rio Design Leblon tem 5,3 mil metros quadrados de área bruta locável com 46 lojas e 11 restaurantes. 

O shopping foi comprado por um fundo imobiliário da JGP que está na fase final de captação junto a investidores institucionais e clientes do wealth

Num primeiro momento, o FII não será listado na B3, mas no futuro uma das possibilidades é fazer uma nova captação no varejo para listá-lo e transformá-lo em um fundo de renda. Outra possibilidade é vender o ativo com lucro. 

A transação marca a estreia da JGP no segmento de fundos de tijolo dois anos depois da gestora ter criado sua área de real estate, comandada por Thiago Lima, o ex-CEO da administradora de shoppings Saphyr. De lá para cá, a gestora lançou apenas um fundo pequeno de CRIs, com cerca de R$ 30 milhões de capital proprietário dos sócios. 

Uma fonte próxima à JGP disse que a transação foi oportunística e que a gestora entendeu que vai conseguir surfar duas tendências com o investimento: a queda do juros, que tende a beneficiar o setor como um todo; e as opcionalidades do ativo, que podem trazer um ganho expressivo para os investidores.

A ideia da JGP é manter o subsolo e o térreo como um shopping, já que as lojas estão performando bem, e transformar o primeiro e o segundo andar do imóvel em lajes corporativas, apostando numa demanda cada vez maior de empresas por escritórios triple-A no Leblon.

“O Leblon tem características cosmopolitas urbanas que poucas regiões do Brasil têm: o metrô no miolo dele, o que facilita a mobilidade de quem trabalha lá, e uma oferta muito grande de comércio, escolas e residências,” disse a fonte. “A visão no Rio é de que o Leblon está cada vez mais virando o condado carioca. Uma ilha no meio da cidade.”

Segundo essa fonte, o Rio Design deve se beneficiar também da revitalização do Jardim do Alah, o parque que fica na divisa do Leblon com Ipanema e a poucos metros do Rio Design. (O parque acaba de ser concedido para um consórcio liderado pelo empresário Alexandre Accioly, que está estruturando um amplo projeto de revitalização). 

Com informações do Brazil Journal.

Por Ultima Hora em 28/12/2023
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