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IGUÁ PAGA ÚLTIMA PARCELA DA CEDAE, MAS TRAVA BATALHA POR R$ 828 MILHÕES EM DESCONTO
Empresa de saneamento alega perdas de água acima do previso e questiona reajuste tarifário; tribunal arbitral retém parte do pagamento.
A Iguá Saneamento quitou nesta sexta-feira (7) a última parcela da outorga do leilão da Cedae no Rio de Janeiro, depositando R$ 1,82 bilhão. No entanto, 45% do valor (R$ 828 milhões) foi direcionado a uma conta separada da Câmara de Arbitragem Empresarial (Camarb), conforme determinação judicial — um reflexo da disputa financeira que a empresa trava com o estado por supostos prejuízos operacionais.
Os Números da Controvérsia
A Batalha na Arbitragem
A Camarb determinou que o valor contestado permaneça retido até análise final do pedido de "reequilibro econômico-financeiro" feito pela Iguá. A empresa argumenta que os custos extras com infraestrutura para reduzir perdas e a revisão tarifária justificam o desconto solicitado — equivalente a quase metade da última parcela paga (R$ 828 mi).
Em nota oficial, a Iguá afirmou: "Mantemos diálogo com o poder concedente e seguimos comprometidos com os investimentos para melhorar os serviços de saneamento na região". O governo do Rio não se pronunciou sobre o mérito da disputa até o momento.
60% DE ÁGUA PERDIDA OU MÁ GESTÃO? A estratégia da IguÁ para reaver quase UM BILHÃO do Rio.
A concessão à Iguá faz parte do programa de privatização da Cedae iniciado em 2020 para universalizar o acesso à água e esgoto no estado — hoje apenas 73% da população tem rede de esgoto tratado. Críticos apontam que conflitos como este podem atrasar metas e onerar os cofres públicos caso a empresa vença na arbitragem.
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