Rodrigo Pacheco condena espionagem ilegal: 'contaminar a Abin é um ato criminoso e fragiliza a democracia'

Rodrigo Pacheco condena espionagem ilegal: 'contaminar a Abin é um ato criminoso e fragiliza a democracia'

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se pronunciou nesta quinta-feira (11) sobre a recente revelação de uma atuação paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pacheco condenou veementemente o uso da Abin para fins político-partidários, classificando-o como um ato criminoso que compromete a democracia e a soberania do Brasil.

“Contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso, que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e a soberania do país”, afirmou Pacheco em nota oficial.

A Operação da Polícia Federal

A declaração do presidente do Senado veio após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação para investigar o suposto esquema de monitoramento ilegal conduzido pela Abin. De acordo com a PF, o esquema envolvia espionagem de integrantes dos três Poderes e jornalistas, além do acesso ilegal a computadores, telefones e infraestrutura de telecomunicações.

Alvos da Espionagem

Entre os espionados ilegalmente estavam:

  • Poder Judiciário: Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
  • Poder Legislativo: O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, o deputado Kim Kataguiri e os ex-deputados Rodrigo Maia e Joice Hasselmann. Senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que integravam a CPI da Covid no Senado.
  • Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo, e servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges, além dos auditores da Receita Federal Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Reações e Implicações

A revelação do esquema de espionagem gerou uma onda de indignação entre os políticos e a sociedade civil. Rodrigo Pacheco enfatizou a gravidade da situação e a necessidade de punição exemplar para os responsáveis. A operação da PF, que ainda está em andamento, promete desdobramentos importantes e pode levar a uma série de ações judiciais contra os envolvidos.

 

O uso indevido da Abin para espionagem política durante o governo Bolsonaro marca mais um capítulo conturbado na história recente do Brasil, destacando a necessidade de reformas e medidas que assegurem a integridade das instituições democráticas. A resposta de Rodrigo Pacheco e as investigações em curso serão fundamentais para restaurar a confiança do público no sistema de inteligência do país.

 

Fonte: Cultura Uol

Por Ultima Hora em 12/07/2024
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