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Diferentes continentes do planeta aparecem nesta lista; descubra quais são as regiões que possuem as maiores florestas do mundo
A Terra é lar de inúmeros ecossistemas vitais para nossa existência, incluindo florestas majestosas, cada uma com sua extensão e biodiversidade. A maior floresta do mundo reserva muito dessa importância para diversas espécies.
Aliás, você sabe qual é a maior floresta do mundo em extensão, e, além dela, qual é a maior floresta tropical do mundo? Essa e outras respostas você encontra a seguir!
São diversos os aspectos que definem qual é a maior floresta do mundo. Confira a seguir, qual é a maior floresta do mundo e veja a lista com as 10 maiores florestas do planeta.
1. Floresta Taiga – Hemisfério Norte
Floresta Taiga
Localizada no Hemisfério Norte, a Floresta Taiga é a maior floresta do mundo em termos de extensão é maior que o Brasil inteiro. Também conhecida como floresta boreal, ela abrange uma vasta área na Rússia. Com impressionantes 12 milhões de quilômetros quadrados, segundo o jornal El País em 2020, a Taiga é o lar de uma rica diversidade de vida selvagem e uma variedade de espécies de plantas coníferas.
A floresta Taiga representa quase 29% da cobertura florestal do planeta, e vai do norte do Alasca até o Japão, passando pela Sibéria, Canadá, Groelândia, Noruega, Finlândia, Rússia e Suécia.
2. Floresta Amazônica – América do Sul
Floresta Amazônica
Foto: Unsplash
Situada na América do Sul, a Floresta Amazônica ocupa um lugar de destaque como a maior floresta tropical do mundo. Essa majestosa floresta está presente em diversos países, incluindo o Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela.
Com uma área de aproximadamente 6,7 milhões de quilômetros quadrados, de acordo com a WWF, a Amazônia é uma maravilha natural que sustenta uma incomparável biodiversidade. A floresta é atravessada por diversos rios, incluindo o Rio Amazonas, e abriga comunidades ribeirinhas e indígenas.
3. Floresta do Congo – República Democrática do Congo
Floresta do Congo
Foto: Reprodução/WikiCommons
A Floresta do Congo, também conhecida como Floresta Equatorial Africana, é uma das maiores florestas tropicais do planeta. Situada na República Democrática do Congo, Camarões e Gabão, ela abrange cerca de 1,8 milhão de quilômetros quadrados. Essa floresta exuberante abriga uma riqueza de flora e fauna, incluindo espécies ameaçadas. A Floresta do Congo é uma das mais antigas do mundo, e é também uma das mais desconhecidas e intocadas, segundo o El País.
4. Floresta Daintree – Austrália
Floresta Daintree
Foto: Divulgação/Turism of Port Douglas and Daintree
Na Austrália, a Floresta Daintree se destaca como uma das mais antigas do mundo. Localizada no estado de Queensland, essa floresta tropical abrange uma área de aproximadamente 965 mil quilômetros quadrados. É o lar de diversas espécies únicas, incluindo o casuar e o canguru-arborícola. A Floresta Daintree foi considerada Patrimônio Mundial em 1988, e também é caracterizada por ser um ponto de encontro entre a floresta e uma barreira de corais.
5. Floresta Nublada – Equador
Floresta Nublada
Foto: Simonsimages / Flickr / CC BY
O Equador abriga a Floresta Nublada, também conhecida como Floresta de Neblina. Com cerca de 6 mil hectares, essa floresta tropical é caracterizada por sua atmosfera misteriosa, envolta em neblina. Sua localização geográfica na Cordilheira dos Andes resulta em solo pouco fértil, mas chama a atenção a variedade de orquídeas nativas. São mais de 400 espécies de aves, tornando a floresta um destino para observação de pássaros.
6. Parque Nacional do Sundarbans – Índia e Bangladesh
Parque Nacional do Sundarbans
Foto: Reprodução/WikiCommons
O Parque Nacional do Sundarbans é uma floresta de mangue que se estende entre a Índia e Bangladesh. Com aproximadamente 1,3 mil quilômetros quadrados, essa área protegida é reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco. Além de abrigar uma rica biodiversidade, incluindo o majestoso tigre de Bengala, o Sundarbans é também uma importante floresta urbana.
7. Reserva Florestal Nublada de Monte Verde – Costa Rica
Reserva Florestal Nublada de Monte Verde
Foto: Divulgação
Motivo de orgulho para o povo da Costa Rica, a Reserva Florestal Nublada de Monte Verde tem área de 105 mil quilômetros quadrados. Essa floresta preservada é conhecida por sua exuberante vegetação e importância na conservação da biodiversidade. O local é aberto para visitas, e possui trilhas. Um atrativo são as samambaias gigantes e orquídeas. Entre os mamíferos que vivem nesta floresta, estão o jaguar e o puma.
8. Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – Brasil
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Foto: Divulgação/
No Brasil, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, criado em 1961, protege uma área aproximada de 240.611 hectares e está inserido no bioma Cerrado, de acordo com o ICMBio. Essa floresta de transição abriga uma variedade de ecossistemas, incluindo cerrado e matas de galeria. Além da diversidade de plantas, o parque é conhecido por suas cachoeiras e formações rochosas únicas.
9. Floresta Temperada Valdivian – América do Sul
Floresta Temperada Valdivian
Foto: Reprodução/WikiCommons
Localizada na América do Sul, a Floresta Temperada Valdivian é um dos tesouros naturais da região. Abrangendo partes do Chile e da Argentina, essa floresta temperada é conhecida por sua exuberância e sua grande variedade de espécies. Ela ocupa uma área aproximada de 248 mil metros quadrados e é considerada um dos ecossistemas mais bem preservados do continente.
10. Reserva Florestal Sinharaja – Srilanka
Reserva Floresta Sinharaja
Foto: Reprodução/A.Savin/WikiCommons
No Sri Lanka, encontramos a Reserva Florestal Sinharaja, um verdadeiro paraíso tropical. Com aproximadamente 111,9 mil quilômetros quadrados, essa reserva florestal é reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco devido à sua importância ecológica. Ela abriga uma grande variedade de flora e fauna, incluindo espécies raras e ameaçadas, tornando-se um destino imperdível para os amantes da natureza.
70% das queimadas no Brasil em 2024 destruíram vegetação nativa
Só em agosto, 65% dos incêndios destruíram este tipo de área no país; fogo começa a se deslocar para centros urbanos
Amazônia e outros biomas vivem recorde de incêndios e fumaça se espalha pelo Brasil; causas das queimadas são investigadas - Foto: Evaristo Sa / AFP
Em 2024, 70% da área queimada no Brasil foi de vegetação nativa. Os dados são do Monitor de Fogo, monitoramento iniciado em 2019 pelo MapBiomas.
Só em agosto, mês que registrou sozinho quase a metade dos incêndios florestais do ano, a vegetação nativa representou 65% da área queimada. O fogo atingiu formações campestres e áreas de pastagens de uso agropecuário. As áreas com formações savânicas representaram 25% do total.
"Agosto trouxe um cenário alarmante para o Cerrado, com um aumento expressivo da área queimada, a maior nos últimos seis anos. O bioma, que é extremamente vulnerável durante a estiagem, viu a maior extensão de queimadas nos últimos seis anos, refletindo a baixa qualidade do ar nas cidades", explicou Vera Arruda, pesquisadora no IPAM e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.
10 milhões de pessoas atingidas
O Brasil atravessa um momento delicado por causa das queimadas. Foram 5,65 milhões de hectares queimados no mês de agosto, o que corresponde a quase 49% de tudo que foi queimado de janeiro até agora. É uma extensão que corresponde a quase o tamanho do estado da Paraíba.
São Paulo, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os estados com o maior registro de queimadas até o momento. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 10 milhões de pessoas foram afetadas diretamente pelos incêndios florestais.
Os dados tomam como base apenas os dados das prefeituras que decretaram emergência. Ao todo, são 531 municípios nessa situação por causa dos incêndios. Segundo essa estimativa da CNM, os estados do Acre, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso têm quase o território completo em estado de emergência.
PF vê ação coordenada
Em entrevista ao canal GloboNews, o delegado da Polícia Federal Humberto Freire afirmou que parte dos incêndios florestais no país pode ter começado de forma coordenada.
"A gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo. Isso traz o indício de que podem ter acontecido ações coordenadas. É um ponto inicial da investigação."
Algumas regiões do Brasil podem registrar o fenômeno da chuva preta neste final de semana, alerta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A ocorrência é causada pela mistura de partículas de fumaça e poluentes na atmosfera com gotas de chuva, dando à água uma coloração escura.
O fenômeno é possível devido ao avanço de uma frente fria e à presença de fuligem dos incêndios florestais, afetando principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com possível expansão para o sul do Mato Grosso do Sul e o Sudeste.
Reflorestamento em áreas privadas ajuda a preservar Mata Atlântica
Cerca de 70% da população brasileira vive em áreas de Mata Atlântica
Em 2020, o sítio de Mário Honorio Teixeira Filho em Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, ficou sem água. A propriedade já havia sido usada para plantação de mandioca e inhame. Quando adquiriu as terras, Honório quis realizar o sonho de criar gado, transformando o local em pasto. Localizada em uma área originalmente de Mata Atlântica, sem a vegetação nativa, e com cada vez menos árvores, a fonte não resistiu e secou.
Esse foi o alerta necessário para que Honório cedesse à pressão do filho, Mário Bruno Teixeira, de reflorestar ao menos parte do terreno. Em menos de um ano, com a nova vegetação, a água voltou.
“A gente não está plantando árvore. A gente está plantando água, na verdade. É disso que a gente precisa”, diz Leonardo de Mattos, que mora no sítio. Leonardo e Bruno produzem juntos, na propriedade, a Pi Kombucha Tropical, bebida fermentada feita a partir de chá, vendida na cidade do Rio de Janeiro e em São Paulo. “Esses dias avistamos um tamanduá. Nunca imaginamos que fossemos ver um animal desses por aqui”, conta.
Após a morte do pai, o sítio passou a ser administrado por Bruno, que expandiu a área de reflorestamento. Com 1 hectare, o equivalente a um campo de futebol oficial, em um ano, a água já voltou a brotar do solo. Agora, o reflorestamento está chegando a mais 3,8 hectares. “O ar está mais puro, os animais estão voltando, a gente está vendo muito pássaro voltando, o que a gente não tinha dez anos atrás. É uma alegria muito grande”, diz Leonardo.
O reflorestamento do sítio foi feito como parte do projeto Guapiaçu, realizado pelo Ação Socioambiental (Asa) em parceria da Petrobras. O desafio do projeto é reflorestar propriedades privadas, como a de Bruno, mostrando aos produtores e proprietários que ter uma área de floresta, melhora tanto a qualidade da produção quanto a qualidade de vida local e de todo o entorno.
Propriedades privadas e a Mata Atlântica
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro com maior número de espécies de plantas e animais ameaçados de extinção no país. O bioma está distribuído em 17 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe).
Cerca de 70% da população brasileira vive em áreas de Mata Atlântica. Mas, isso pode passar desapercebido porque segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 71,6% foi desmatada. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, quase 80% das áreas remanescentes do bioma estão em propriedades privadas.
“O nosso trabalho de mobilização de áreas é feito com dos proprietários da região. Nós visitamos, insistimos, conversamos. Temos muito tempo de cadeira, tomando cafezinho com os proprietários”, diz a presidente do Ação Socioambiental e Coordenadora executiva do Projeto Guapiaçu, Gabriela Viana.
Segundo Viana, os benefícios são muitos. “A gente tá aqui, na sombra, ali do lado tem sol, ninguém quer ficar no sol. A gente está usufruindo dessa sombra porque é um serviço do ecossistema. É o primeiro que a gente sente. Quando a gente entra na floresta, fora a quantidade e a qualidade da água e a biodiversidade. É um valor que nem todo mundo percebe ou consegue tangibilizar o que a gente tem de biodiversidade principalmente na Mata Atlântica”.
De acordo com Viana, nos últimos seis anos, o projeto visitou mais de um mil propriedades em Cachoeiras de Macacu, onde atua. A equipe foi recebida em apenas 200 delas e 16 de fato aceitaram a parceria. Ao todo, até o momento, foram plantadas mais de 500 mil mudas em 300 hectares.
Os proprietários cedem o terreno e o projeto se encarrega de todo o plantio, selecionando espécies nativas da Mata Atlântica – atendendo também aos pedidos dos produtores, caso desejem alguma espécie específica, desde que estejam na lista da flora local. Também realiza a manutenção, cuidando para que as árvores consigam se estabelecer, e a floresta seja capaz de se manter por conta própria. O custo é R$ 60 mil a R$ 90 mil por hectare, que ficam a cargo do projeto Guapiaçu.
Corredores de floresta
As ações em Cachoeiras de Macacu têm uma especificidade, lá está o Parque Estadual dos Três Picos, o maior parque estadual e também local de preservação da Mata Atlântica – que se estende também por Nova Friburgo, Teresópolis, Guapimirim e Silva Jardim. É na porção de Cachoeiras de Macacu que estão dois terços das florestas e 60% das águas do parque.
O município é conhecido pelo potencial hídrico. Próximo dali, na Serra dos Órgãos, a cerca de 1,7 mil metros de altitude, nasce o rio Macacu, que é o principal rio que desagua na Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. A bacia hidrográfica do rio Guapi-Macacu – formada pela união do rio Macacu com o rio Guapimirim - é responsável pelo abastecimento de água de cerca de 2 milhões de pessoas nos munícipios de Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.
Segundo o Projeto Guapiaçu, reflorestar propriedades que estão às margens do parque, como a de Bruno, aumenta a área de floresta. Ao invés de se criar ilhas de reflorestamento em áreas afastadas umas das outras, cria-se um corredor de floresta, unindo áreas de preservação e áreas de reflorestamento, permitindo que os animais e também as plantas tenham mais espaço para se estabelecer. O mesmo ocorre quando diversas propriedades vizinhas optam pelo reflorestamento.
“Quando você faz justamente essas conexões entre os fragmentos [de floresta] você permite que esses animais circulem, permite o fluxo gênico, permite que a genética ali aconteça em uma variabilidade maior. Você tem um maior número de animais que estão se reproduzido entre si, não são ilhas isoladas, né? Por isso que ter diversas propriedades que façam essa adequação ambiental é muito interessante, porque ganha todo mundo”, explica a coordenadora operacional do Projeto Guapiaçu, Tatiana Horta.
De acordo com Gabriela Viana, em Cachoeiras de Macacu, 99% das propriedades são pequenas propriedades e apenas cerca de dez fazendas são consideradas grandes, com mais de um mil hectares. Mesmo pequenas áreas, como a de Bruno, podem fazer a diferença. Um hectare replantado, foi suficiente, por exemplo, para que a fonte voltasse a jorrar. O projeto acompanha o reflorestamento por três anos, tempo geralmente suficiente para a floresta se estabelecer. Em 20 anos, já é possível ter uma floresta com uma animais, com fauna e flora recompostas.
“Eu acho que plantar uma árvore é um ato muito generoso”, diz Viana. “Eu plantei um jequitibá com as cinzas do meu avô e eu, muito provavelmente, não vou sentar embaixo desse jequitibá para usufruir da sombra, mas eu vou deixar o jequitibá para os meus filhos e meus netos”.
Diante da crise climática, perguntado se acredita que ainda dá tempo de salvar os seres humanos, e as florestas, Viana afirma: “Eu acredito que dá tempo”.
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