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As Forças Armadas, que voltaram a comandar a vida política desde o golpe de Estado de 2016, apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um documento sigiloso contendo suas demandas para o aperfeiçoamento da urna eletrônica que será utilizada nas eleições de 2022.
O documento foi entregue em mãos por um major do Exército que pediu ao diretor geral do TSE que o documento ficasse restrito, de modo a impedir que seu conteúdo — e, portanto, as dúvidas das Forças Armadas sobre a urna eletrônica — fossem tornadas públicas.
Segundo fontes que acessaram o documento, foram feitas diversas perguntas à Justiça Eleitoral divididas entre questões procedimentais e técnicas.
Nos bastidores, as Forças Armadas têm questionado a vulnerabilidade da urna eletrônica. O melhor exemplo disso foi que ela se recusou a participar dos testes da urna ocorridas no final de novembro.
O Ministério da Defesa se limitou a enviar alguns observadores, mas não quis participar dos testes, a despeito de o comandante cibernético do Exército general Heber integrar o Comitê de Transparência. As Forças Armadas também não quiseram participar da comissão avaliadora dos testes.
Procurado, o Ministério da Defesa não se pronunciou.
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