Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades sediou o IV Seminário InfraCidades, evento que debateu a implantação da metodologia BIM ( Modelagem de Informação da Construção). Cerca de 350 servidores e especialistas das áreas de engenharia e arquitetura participaram do evento, realizado nesta quinta-feira (31), no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). Fruto da parceria entre o Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o encontro serviu para difundir o conhecimento sobre o uso da nova tecnologia nas obras do Governo do Estado.
Na abertura, que contou com a presença do secretário de Estado de Infraestrutura e Cidades, Uruan Andrade; do presidente do IEEA, Renato Bussiere; do coordenador do Projeto InfraCidades da PUC-Rio com o IEEA, Renan Arêas Menezes; da Coordenadora acadêmica do InfraCidades, Deane Roehl; e do engenheiro da Fiocruz, professor do curso de engenharia civil do CEFET/RJ, Miguel Alvarenga Fernández e Fernández, foram discutidos os desafios e apresentados casos de sucesso em outros estados.
– A aplicação da metologia BIM nas obras públicas vai garantir agilidade, transparência e economicidade nos projetos. Economia de tempo e dinheiro para o poder público. As construções serão executadas com mais precisão. O Estado do Rio de Janeiro se prepara para dar esse passo importante e se adequar à legislação— destacou Uruan Andrade, durante a abertura do seminário.
O presidente do IEEA apontou o IV Seminário InfraCidades como um ambiente para novas ideias, novas redes e troca de conhecimento.
— Estamos trabalhando para atender aos anseios do Governo do Estado e da SEIC em agilizar a implantação da metodologia e ver nossas obras saindo do papel com eficiência, celeridade e precisão nos custos e na execução — disse Bussiere.
Capacitação de excelência para engenheiros e arquitetos do Estado
O IV Seminário InfraCidades apresentou soluções, estudos de casos e exemplos práticos relacionados à implementação e uso adequado do BIM em organizações públicas. Profissionais do Rio e de estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco apresentaram diversos aspectos da metodologia e as experiências adquiridas em suas regiões de atuação.
Entre os palestrantes, a diretora do Departamento de Gestão da Inovação para Planos, Projetos e Obras da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Lorreine Váccari, apontou que a infraestrutura tecnológica é um processo inevitável em todas as esferas da administração pública. Esse processo demanda reconhecer quais são os principais problemas e vícios nos projetos de cada órgão e, por meio do BIM, traçar as estratégias que aliam a tecnologia com a mudança de cultura, processo e fluxo de trabalho.
— A qualificação dos servidores é a questão central dentro desse processo de implementação do BIM — concluiu Váccari.
Além da paranaense, contribuíram para o debate o arquiteto e urbanista, coordenador de projetos da SEINFRA do município pernambucano de Ipojuca, Ítalo Guedes; o consultor e fundador da Câmara Brasileira de BIM, Alexander Justi; o coordenador BIM na Empresa Brasileira de Infraestrutura, Guilherme Guignone; o consultor e pesquisador independente em Open BIM, Carlos Dias e o especialista em engenharia de custos CRK, gerenciamento de projetos e obras públicas, conselheiro do PMI-RS, Rogério Severo. Os especialistas foram mediados por Cristiane Magalhães, especialista técnica da Firjan/Senai; Ana Cristina Carvalho, professora de Engenharia Civil da PUC-Rio; e Lélio Varella, autor e palestrante em gestão de projetos.
O Projeto InfraCidades prevê o quinto e último Seminário no dia 30 de Novembro, quando abordará os novos desafios e oportunidades que surgirão com o advento da segunda etapa do Decreto federal que estabelece a utilização do Building Information Modelling na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia no âmbito federal.
Metodologia BIM a serviço do povo
Além da rapidez no desenvolvimento do projeto, a Modelagem de Informação da Construção garante, por exemplo, que cálculos estruturais e valores de uma obra estejam precisos, além de contar com atualização automática em caso de qualquer alteração ou mudança no projeto.
Nos projetos pilotos em BIM desenvolvidos pelo InfraCidades, qualquer órgão público que deseja construir prédios com as mesmas características, como escolas, por exemplo, poderá replicar o modelo desenvolvido. O conceito de projeto modular é pensado para receber as alterações necessárias para adequação a diferentes terrenos e critérios construtivos exigidos em cada município.
Outro aspecto importante é que após o desenvolvimento de todo o fluxo BIM, o projeto fica armazenado na nuvem, em um ambiente comum de dados, cabendo ao órgão interessado fazer adequações simples ao terreno da edificação, conforme a legislação municipal vigente.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!