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Entre o RioCard e o Jaé, o passageiro continua esperando um sistema que funcione – e as promessas só ficam no papel.
Quando se fala em transporte público no Rio de Janeiro, a história é velha conhecida: brigas internas, promessas não cumpridas e um sistema que, para o cidadão, mais parece um emaranhado de dificuldades. Mas, no meio desse caos, talvez o prefeito Eduardo Paes tenha, sim, algo de positivo a considerar. Se ele tiver coragem de usar a tecnologia de forma inteligente, talvez o "Já é" se torne realidade, mas a solução já está à vista.
A guerra dos cartões: RioCard vs. Jaé
O RioCard, com sua grandeza monopolista, segue firme como o rei da bilhetagem no Rio. Sua dominação é inquestionável, e quem paga a conta é o passageiro que, muitas vezes, não sabe exatamente onde vai parar o dinheiro arrecadado. Do outro lado, o Jaé, da Prefeitura, surge como uma tentativa de solução, mas, até agora, está mais para um projeto inacabado do que para algo funcional. A cada adiamento, fica claro que as promessas do novo sistema ainda não se concretizaram.
A dica para o prefeito Eduardo Paes
Agora, o prefeito que, por vezes, parece ter dificuldades em organizar o transporte público, tem uma chance de virar o jogo, sem depender de disputas intermináveis. Como? Vamos direto ao ponto. O sistema RioCard já é sofisticado. Ele trabalha com códigos de linha que, no final das contas, permitem a separação e a totalização dos valores a serem recebidos. E a prefeitura já tem esses códigos! Ou seja, a solução está na frente, é só juntar os pontos.
Imagine a cena: as roletas eletrônicas, que controlam quem entra e sai do ônibus, já estão em operação com tecnologia online. Em tempo real, via internet, é possível contabilizar tudo. Um "BBB" (Bilhetagem, Big Brother, e Bate-pronto) dos transportes. Sem botoeiras, sem complicação, tudo fica registrado na hora e de forma transparente.
Com essa tecnologia em mãos, a prefeitura poderia facilmente separar os valores das linhas pertencentes ao município e controlar a totalização dos créditos sem depender de sistemas tão obsoletos ou complicados. Não seria uma revolução, mas uma evolução direta daquilo que já funciona — só que melhor.
O caminho para a inovação
Essa seria uma verdadeira reviravolta no sistema de transporte público. Mas claro, para isso acontecer, é preciso que haja vontade política e uma reavaliação do sistema atual. Em vez de inventar a roda, que tal aproveitar a estrutura que já existe e colocar a tecnologia a serviço do passageiro? O futuro pode ser bem mais simples do que muitos imaginam.
E o passageiro?
Por enquanto, o passageiro segue esperando por algo melhor. Entre o RioCard e o Jaé, é claro que a aposta é em um sistema mais ágil, transparente e eficiente. Se o prefeito seguir a dica, quem sabe o "já é" não se torna realidade, e, quem sabe, finalmente o Rio de Janeiro entre para o século XXI quando o assunto é transporte público.
No fim das contas, enquanto a guerra dos cartões segue, fica a pergunta: será que o prefeito Eduardo Paes vai dar esse passo e inovar de verdade, ou vamos continuar patinando no mesmo sistema que, apesar de moderno, ainda é um grande enigma para quem depende dele?
Por: Arinos Monge.
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