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por Thaís Souza
Em novembro, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, o presidente francês Emmanuel Macron deve apresentar ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta robusta de cooperação em defesa militar. A oferta inclui um total de 24 caças Dassault Rafale, além de 50 helicópteros Airbus H145, 36 obuseiros Caesar e um submarino Scorpène adicional aos quatro já encomendados pelo Brasil em uma expansão estratégica que inclui a Força Aérea Brasileira (FAB) e Marinha.
O pacote ambicioso visa fortalecer a defesa militar brasileira com equipamentos de última geração e poderá cobrir áreas estratégicas das Forças Armadas. Essa proposta francesa ocorre em paralelo a outra oferta feita pela Itália, que sugeriu vender 30 jatos Leonardo M-346 ao Brasil.
Competição internacional para reforçar a Força Aérea Brasileira
A França vê no Rafale uma excelente oportunidade para expandir sua presença no Brasil, complementando o atual programa da Força Aérea Brasileira (FAB) com os caças Gripen E/F adquiridos da Saab em 2014. O Brasil adquiriu 36 unidades do Gripen, mas está em busca de uma segunda aeronave de combate para complementar sua frota e substituir os caças A-1 AMX e AF-1 A-4, que se aproximam do fim da vida útil. Segundo o jornalista Cláudio Dantas, a discussão com Macron poderá redefinir as opções da FAB, que, além do Rafale, está avaliando um possível acordo para adquirir caças F-16 de segunda mão dos EUA. Essa diversificação de ofertas ilustra a competitividade internacional no setor de defesa militar e a urgência do Brasil em garantir uma força aérea bem equipada.
Um segundo caça para a Força Aérea Brasileira: A proposta do Rafale
O pacote oferecido pela França coloca o Dassault Rafale novamente em pauta para a Força Aérea Brasileira (FAB), reacendendo um tema que já foi alvo de discussões anteriores. Em 2009, o Rafale chegou a ser anunciado como o vencedor da concorrência F-X2 pelo então presidente Lula, mas a escolha foi posteriormente revertida pela Aeronáutica, que optou pelo Gripen E/F em 2014. Agora, diante das restrições orçamentárias da FAB, os 24 caças Rafale incluídos na proposta de Macron provavelmente seriam aeronaves usadas, o que tornaria a oferta economicamente mais viável.
Equipamentos estratégicos para a defesa do Brasil
Além dos caças Rafale, o pacote francês inclui 50 helicópteros Airbus H145 e 36 obuseiros Caesar para reforçar a infraestrutura de defesa militar do Brasil. Essas adições visam fortalecer a capacidade de transporte, combate e apoio terrestre das Forças Armadas brasileiras. A inclusão de um submarino Scorpène adicional reflete o compromisso da França em ajudar o Brasil a expandir suas capacidades da Marinha, completando a frota encomendada de quatro submarinos Scorpène.
Essa nova proposta da França se destaca como uma oportunidade estratégica para o Brasil, que poderá diversificar sua frota militar e melhorar sua defesa com equipamentos de alta qualidade. Se aprovada, a parceria entre Brasil e França poderá marcar um avanço significativo no fortalecimento da defesa nacional para a Força Aérea e a Marinha.
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