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Ainda não se sabe qual é o plano de Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato a presidente da República, para reativar a economia, mas a sua campanha já propôs medidas que esvaziam mais ainda os cofres públicos, além de afrontar a laicidade de Estado.
Se eleito, Moro concederá mais benefícios às igrejas. Para tanto, ele se baseará na imunidade tributária que a Constituição concede aos templos, mas não está claro como isso será possível.
A promessa consta de uma carta que a campanha eleitoral do ex-juiz divulgará nos próximos dias.
O viés de enfraquecimento do Estado laico é reforçado pelo comprometimento da campanha de manter a presença de símbolos religiosos em espaços públicos, como crucifixos.
Uziel Santana é o coordenador do núcleo evangélico da campanha do pré-candidato e tem forte influência na elaboração das propostas de governo de Moro.
"O Estado é laico, mas a nação é eminentemente cristã", disse ele.
É o que afirmam desde sempre o presidente Bolsonaro e, por exemplo, a ministra terrivelmente evangélica Damares Alves.
As propostas para agradar os religiosos, sobretudo os evangélicos, dão lastro às críticas de que Moro é uma versão soft de Bolsonaro.
A intenção do ex-juiz é herdar votos de Bolsonaro, cuja popularidade despencou, mas Moro poderá perder votos daqueles que se incomodam com a grande influência de líderes evangélicos na pauta do governo.
Todos os pré-candidatos estão cortejando o eleitorado evangélico e nenhum deles levantou uma bandeira em defesa do Estado laico, mas Moro é o primeiro a assumir compromisso de garantir mais benefícios às igrejas, em plena crise econômica.
Moro, mais um católico que tenta agradar evangélicos |
> Com informação da Folha de S.Paulo.
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