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"O rompimento da adutora em Rocha Miranda, na Zona Norte, não foi o primeiro e infelizmente não será o último". Quem afirma é o presidente do Sindicato das Empresas de Saneamento Básico dor Rio de Janeiro (SINTSAMA), Vitor Duque.
Para ele, o histórico de rompimento de adutoras tem ligação com o histórico de paradas realizadas; isso porque quando a empresa realiza a parada em algum sistema, zerando o abastecimento para algum reparo, é preciso que o restabelecimento do sistema seja feita de forma técnica exigindo um bom conhecimento da rede para poder colocá-lo em carga sem que haja transtornos, como rompimentos de troncos e adutoras.
- Anteriormente a Cedae fazia as paradas e o restabelecimento do sistema com tranquilidade. Agora, se vc for ver o histórico de rompimentos, todos estão concentrados principalmente na área da Águas do Rio, deixando em dúvida a qualidade técnica das concessionárias que não estão conseguindo colocar o sistema em carga da maneira correta. Será que estão operando adequadamente as descargas e as ventosas nesses casos? Não tenho dúvida que o setor de manobras errou na hora de restabelecer o sistema ou na realização de alguma manobra deixando algumas linhas muito pressurizadas, ocorrendo o rompimento em Rocha Miranda; uma falha humana com certeza, diretamente relacionada a alta rotatividade no setor de saneamento no período pós-privatização, os trabalhadores ganham salários baixíssimos e preferem trabalhar em outros setores não acumulando experiência necessária na operação do sistema.
Na minha opinião o tempo de uso das tubulações não tem ligação direta com o rompimento, até porque a 1ª linha de Ribeirão das Lages, que foi inaugura em 1940, não tem histórico de rompimentos. Pressurizar a 2ª linha de Lages é um risco adicional de ruptura, e foi o que ocorreu - explicou Vitor.
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