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Ícone do rádio e da TV completa mais de meio século contribuindo para a cultura do samba no Rio de Janeiro
Em uma trajetória que se confunde com a própria história do carnaval carioca, Jorge Perlingeiro acaba de completar 55 anos de uma carreira brilhante dedicada à comunicação e ao mundo do samba. Aos 80 anos de idade, o apresentador e locutor continua ativo e apaixonado pelo que faz.
Filho do lendário Aérton Perlingeiro, Jorge iniciou sua jornada ainda na TV Tupi, cobrindo o carnaval como repórter. Foi ali que nasceu sua paixão pelo universo do samba, que o levou a criar o icônico programa "Samba de Primeira".
"Essa é uma relação muito afetiva", declarou Perlingeiro em entrevista exclusiva. "Conheço um pouco de tudo. Tenho um podcast hoje que obviamente fala muito também de carnaval."
Sua ligação com a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) começou há 40 anos, desde a fundação da entidade. Perlingeiro ocupou diversos cargos na diretoria, incluindo a presidência, que deixou recentemente após três anos no comando.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira é a tradicional apuração das notas do desfile das escolas de samba, tarefa que realiza há 32 anos. Seu bordão "Dez, nota dez!" tornou-se Patrimônio Imaterial da cidade do Rio de Janeiro.
"Eu apenas interpreto o que está escrito. Não é uma leitura pura e simples. Tem que haver seriedade nesse momento, é um título que está em jogo", explicou o comunicador sobre seu papel na apuração.
Além do carnaval, Perlingeiro construiu uma carreira sólida na TV e no rádio. Seu famoso bordão "Só se for agora!" nasceu de uma conversa despretensiosa e se tornou sua marca registrada.
Ao refletir sobre sua trajetória, o apresentador demonstra gratidão: "Agradeço a Deus pelos 80 anos. É uma dádiva. E 55 de carreira é um desafio, porque é um meio extremamente concorrido."
Jorge Perlingeiro continua ativo, comandando um canal no YouTube com mais de 2 milhões de inscritos e participando de diversos projetos ligados ao samba e à cultura carioca. Sua história é um testemunho vivo da paixão e da dedicação que fazem do carnaval do Rio de Janeiro um espetáculo único no mundo.
Por Ralph Lichotti e Robson Talber/ Repórter Debora Barbosa
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