Socialite tem maior condenação do país por racismo contra filha de Gagliasso e Ewbank

Condenação de Day McCarthy é de 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, a maior já aplicada no Brasil

Socialite tem maior condenação do país por racismo contra filha de Gagliasso e Ewbank

A socialite Day McCarthy foi condenada a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por racismo contra a filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank — Titi. A informação foi divulgada pelo próprio casal, que usou as redes sociais para informar a condenação.

A decisão é da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro, mas ainda cabe recurso. Segundo a jornalista Fábia Oliveira, do site Metrópoles, caso a condenação da socialite seja mantida, é a maior pena já deferida pela Justiça brasileira contra uma pessoa que cometeu crime de racismo.

O casal informou a condenação em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (23). De acordo com a nota, o crime ocorreu quando a criança tinha quatro anos, em 2017, mas que apenas em maio de 2021 conseguiram oferecer uma denúncia à Justiça.

Socialite: racismo

A socialite Day McCarthy postou texto racista nas redes sociais contra Titi, que então tinha apenas quatro anos de idade (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Em 2017, Day McCarthy chamou Titi, que tinha apenas quatro anos de idade, de “macaca horrível” e criticou a aparência da criança. Atualmente, a menina está com 11 anos.

“A menina é preta, tem um cabelo horrível de pico de palha e um nariz de preto, horrível, e o povo fala que a menina é linda? Aí essas mesmas pessoas vêm ao meu Instagram me criticar pela minha aparência?”, escreveu, na época, a socialite.

Decisão inédita

Nesta sexta-feira (23), Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank publicaram texto no Instagram e comemoraram a “decisão inédita” da Justiça brasileira.

“Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, afirmou o casal.

No texto, Bruno e Giovanna também lembraram a dificuldade para que o processo corresse na Justiça brasileira. Segundo o casal, “apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia”.

“E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, escreveram.

 

 

Por Ultima Hora em 23/08/2024
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