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DA REDAÇÃO - O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu suspender, por 45 dias, sem direito a salário, o auditor Alexandre Figueiredo Marques, por ele ter produzido um relatório paralelo que indicava suposta supernotificação de mortes por Covid-19 no Brasil. O documento foi usado pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro para distorcer dados sobre as mortes na pandemia.
A sanção foi sugerida pela comissão do tribunal que comandou o processo administrativo disciplinar contra o servidor e acatada pelo secretário-geral de Administração do TCU, Lúcio Flávio Ferraz, a quem cabe aplicar penas a servidores inferiores à demissão. No caso de demissão, a competência é da presidência da Corte.
A decisão foi publicada no diário oficial interno do TCU desta segunda-feira (13/9). O servidor poderá ainda recorrer ao plenário da Corte para tentar reduzir a suspensão.
“DECIDINDO, em Processo Administrativo Disciplinar, responsabilizar o servidor ALEXANDRE FIGUEIREDO COSTA SILVA MARQUES, AUFC, Matrícula 7655-4, pelo descumprimento do disposto no art. 116, incisos I, II, III, VIII e IX, da Lei 8.112/1990, devendo ser-lhe aplicada a penalidade de suspensão, fixada em 45 (quarenta e cinco) dias, sem possibilidade de conversão em multa e com pleno afastamento de suas atribuições, com base no art. 127, inciso II, c/c o art. 129 da Lei 8.112/1990”, diz a decisão, assinada pelo secretário-geral de Administração do TCU, Lúcio Ferraz.
O auditor chegou a ser ouvido pela CPI da Covid-19 do Senado em agosto. À comissão ele admitiu ter produzido relatório paralelo. O servidor do TCU também contou que teria sido seu pai, Ricardo Silva Marques, o responsável por enviar o documento a Bolsonaro. (Do Metrópoles, foto de Jefferson Rudy/Agência Senado)
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