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Se você é trabalhador da Baixada Fluminense, pegue sua pipoca e prepare-se para o espetáculo tragicômico da bilhetagem eletrônica. O duelo entre o velho RioCard e o novato Jaé promete transformar o cotidiano dos passageiros em uma novela das oito – com direito a vilões, mocinhos e, claro, muita confusão.
Na Baixada, cerca de 1,5 milhão de passageiros utilizam o transporte público diariamente, enquanto no Rio o número ultrapassa 2,8 milhões. No entanto, ao que tudo indica, essa transição para o Jaé não será exatamente um "já é". Afinal, quem nunca ficou na fila para carregar o RioCard e pensou: "Já era meu salário desse mês"? Pois é, com o Jaé, pelo menos a promessa é de um sistema mais digital e menos filas.
Mas, como diz o ditado popular, "quem nunca perdeu um bilhete que atire a primeira pedra". Agora, além do cartão físico, vem aí o QR Code – a versão tecnológica que vai garantir aquele clássico momento de desespero na catraca: "Cadê o celular? Ah, acabou a bateria!".
E para os trabalhadores que fazem integração entre modais municipais e intermunicipais, o humor é garantido: serão dois cartões. Ou seja, você paga caro pelo transporte e ainda ganha o brinde de um quebra-cabeça diário para lembrar qual cartão usar.
O que não te contam no comercial do Jaé
Enquanto o Rio se vende como cidade moderna com o Jaé, a verdade é que a fase de transição só começou em novembro de 2023 e já traz dilemas dignos de novela mexicana. Por exemplo, os créditos do RioCard não migrarão para o Jaé. Portanto, até dia 31 de janeiro, use todos os créditos ou eles se transformarão em uma doação não oficial ao sistema.
Seja você fã do RioCard ou do Jaé, uma coisa é certa: o bolso é seu, mas o problema é nosso. Resta saber se esse novo sistema será um "já é sucesso" ou mais um "já era" para os trabalhadores que sustentam o transporte público diariamente.
Por: Arinos Monge.
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