Torcida AnarcomunAmerica: André de Paula, membro histórico do América , denuncia truculência da diretoria e seguranças do clube

Torcida AnarcomunAmerica sofre agressões e tem faixas arrancadas em jogo contra o Resende

André de Paula, membro da torcida organizada Torcida AnarcomunAmerica  desde sua criação há quase 10 anos, denunciou as agressões sofridas pela torcida durante o jogo do América contra o Resende.

Segundo André, que também participou da histórica torcida Inferno Rubro desde 1965, a Naruna América nunca faltou a um jogo do clube, exceto quando impedida pela truculência e violência dos seguranças.

Apesar de ter apoiado inicialmente a gestão do presidente Romário, a torcida mantém uma posição independente.

"Apoiamos o que é correto e criticaremos o que não for", afirma André. Ele relata que o presidente tentou subjugar a torcida aos seus interesses pessoais, mandando seguranças agredir membros e arrancar faixas e bandeiras.

No jogo contra o Resende, mesmo com uma liminar judicial, parte da torcida Inferno Rubro teria sido utilizada para agredir a Torcida AnarcomunAmerica  e arrancar suas bandeiras, incluindo uma da Palestina e outra de Cuba. Uma bandeira do próprio clube, sem nenhuma inscrição ou palavra de ordem, também foi levada.

André questiona a postura do presidente Romário, que afirma não querer política no clube. "Ele quer um político. Toda atuação é política. Quando você vai a um jogo de futebol, você torce pro A ou pro B, você grita ou fica quieto. Ou seja, toda ação é política", argumenta.

O membro da torcida ressalta que o estatuto do torcedor e a legislação permitem manifestações políticas nos estádios. Ele critica a presença de faixas do Bolsonaro e bandeiras da Inglaterra em jogos anteriores, sem questionamentos, enquanto a Torcida AnarcomunAmerica é perseguida por suas posições.

André alerta para o risco de suspensão do América devido às brigas entre torcedores e afirma que a torcida continuará se manifestando pelas causas democráticas, como a bandeira da Palestina e da China. Ele espera um entendimento e respeito por cada posição, mas garante que as agressões não os intimidarão.

"Já fui violentado, atropelado e torturado na ditadura militar, mas não vou me afastar. Os outros companheiros também não vão se afastar", conclui André, reafirmando o lema "América Unida Vencerás".

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Por Ultima Hora em 02/07/2024
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