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Lembra-se da última eleição, quando Jair Bolsonaro estava no topo, determinando alianças e definindo estratégias com mão de ferro? Pois é, parece que esse tempo ficou no passado. Em 2024, o cenário político de São Luís nos oferece uma deliciosa receita de "mistura que não se mistura", trazendo o PT e o PL lado a lado, apesar das lamúrias do ex-presidente. Quem disse que partidos têm dono, afinal?
De alianças de princípios a coligações de oportunismo
Na última eleição, o discurso de Bolsonaro era claro: alianças só com partidos de direita, mantendo a pureza ideológica e afastando qualquer ameaça vermelha. O que mudou? Bem, o pragmatismo político, aquele velho conhecido, resolveu fazer uma visita ao Maranhão.
Duarte Júnior, do PSB, é o candidato que conseguiu o feito histórico de unir PT e PL, entre outros sete partidos, numa coligação que desafia qualquer lógica pré-estabelecida.
"O mais divertido é assistir Bolsonaro, em vídeo, expressando seu desgosto, como se a política fosse uma festa e ele não tivesse sido convidado.
Ele exigiu o fim dessas alianças com a esquerda, mas parece que ninguém mais está ouvindo. A coligação já está registrada no TSE, e Duarte Júnior segue firme, com Isabelle Passinho, do PT, como vice."
Entre promessas e pragmatiscmo: A arte de fazer política
O presidente do PL do Maranhão, Hélio Soares, ainda tenta manter as aparências. Ele afirma que o apoio a Duarte não está concretizado, e uma reunião com Valdemar Costa Neto em Brasília promete definir os próximos passos.
Entretanto, o pragmatismo político, instituído pelo governador Carlos Brandão, tem mostrado que, na política maranhense, os ideais podem ser flexíveis.
Vamos comparar com a eleição anterior: uma linha dura, sem concessões, e um Bolsonaro no controle total.
Agora, temos um cenário onde até o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), fica de fora do diálogo com o PL, abrindo caminho para alianças inesperadas. A política, que já foi uma dança previsível, tornou-se um verdadeiro samba do crioulo doido, com coligações que ignoram orientações superiores e seguem o rumo do pragmatismo.
Quem manda é o eleitor
No final das contas, quem realmente manda nessa história toda é o eleitor. Partidos, líderes, ex-presidentes?
Todos são personagens secundários no grande palco eleitoral. A coligação PT e PL em São Luís é um lembrete de que, por mais que se tente controlar o jogo, a vontade popular e as circunstâncias políticas sempre terão a última palavra.
A eleição passada pode ter sido sobre princípios, mas a deste ano é sobre oportunidades e pragmatismo. E assim, São Luís nos ensina que, na política, não existem regras imutáveis, apenas alianças inesperadas e a eterna busca pelo poder.
Afinal, quem disse que os partidos têm dono? Na política maranhense de 2024, parece que a resposta é simples: ninguém.
Por: Arinos Monge.
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