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União Brasil e PP formam federação, mas enfrentam resistências no Rio
Bloco terá a maior bancada da Câmara, mas prefeitos e deputados do PP fluminense demonstram insatisfação com a união
Federação nacional é oficializada em meio a tensões locais
A união entre dois gigantes da política brasileira será oficializada nesta terça-feira (29), em Brasília, quando os presidentes nacionais do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, lançam formalmente a federação entre as duas legendas. O evento está marcado para as 15h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
Em nota conjunta, os partidos afirmaram que "a aliança, costurada com muito diálogo e confiança, pretende ser uma bússola no centro da política, para impulsionar o Brasil ao rumo certo. O norte é claro: equilíbrio e inovação, com responsabilidade fiscal e social".
A federação formará o maior bloco parlamentar da Câmara dos Deputados e uma das maiores bancadas no Senado, consolidando-se como força política determinante no Congresso Nacional.
Resistência no Rio: prefeitos e deputados do PP demonstram insatisfação
Enquanto em Brasília a união é celebrada, no Rio de Janeiro as arestas estão longe de serem aparadas. Importantes lideranças do PP fluminense não escondem a insatisfação com a vinculação ao partido presidido por Rueda, e alguns já cogitam deixar a legenda.
Entre os descontentes estão prefeitos de cidades importantes do estado: Wladimir Garotinho (Campos), Antônio Francisco Neto (Volta Redonda) e Renato Cozzolino (Magé). Também demonstram desconforto o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa, e até mesmo o deputado federal Marcelo Queiroz, todos filiados ao Progressistas.
O presidente estadual do PP, Dr. Luizinho, reconhece o clima de insatisfação, mas adota postura conciliadora: "Ninguém me falou em sair, e eu não sou de fazer qualquer movimento para que deixem o partido. Mas também não vou impedir. Ninguém, nem quem tem mandato, deve ser obrigado a ficar onde não se sente bem".
Comando compartilhado e candidatura ao governo definida
Apesar das resistências, já ficou acertado que, no estado do Rio, o comando da federação será dividido entre Dr. Luizinho e o próprio Antônio Rueda — que, aliás, será candidato a deputado federal pelo Rio com o nome "Tony Rueda".
Outro ponto já definido é a candidatura ao governo do estado em 2026. O nome escolhido para representar a federação é o do atual presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), caso ele aceite a empreitada.
Impactos políticos da federação
A formação da federação entre PP e União Brasil representa uma importante reconfiguração do cenário político nacional e fluminense. No Congresso, o bloco terá poder decisivo em votações importantes e maior capacidade de negociação com o governo federal.
No Rio de Janeiro, entretanto, o desafio será manter a unidade diante das resistências internas. A possível saída de prefeitos importantes do PP pode enfraquecer a capilaridade da federação no estado, justamente no momento em que se define a candidatura ao governo.
A situação evidencia um dos principais desafios das federações partidárias: conciliar alianças nacionais com realidades políticas locais, onde rivalidades históricas e disputas por espaços de poder podem comprometer a unidade pretendida.
Próximos passos
A cerimônia de lançamento da federação nesta terça-feira marcará o início formal da aliança, que terá de apresentar à Justiça Eleitoral seu estatuto e programa. A partir daí, os partidos passarão a atuar como um único bloco no Congresso e nas eleições, pelo período mínimo de quatro anos.
No Rio de Janeiro, Dr. Luizinho e Rueda terão a difícil missão de pacificar os ânimos e garantir que a insatisfação de lideranças importantes do PP não resulte em um esvaziamento da legenda no estado.
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