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Por Eduardo Banks - MTb 31.111/RJ
Em uma era onde a verdade é mais valiosa do que nunca, uma investigação jornalística meticulosa desvenda práticas controversas da diretora Andrea Neves Valverde na E. E. Professora Cordélia Paiva em Duque de Caxias. Desafiando os limites entre o ético e o legal, de acusações que oscilam entre a realização de cultos religiosos em um ambiente educacional laico e graves denúncias de assédio moral e manipulação.
Em vídeos a que o ÚLTIMA HORA teve acesso exclusivo, alunos da E.E. Professora Cordélia Paiva são constrangidos a participar de atividades religiosas em salas de aula, com todo o “circo pentecostal” que caracteriza essa espécie de culto, com crianças caindo como se estivessem “endemoninhadas”, sendo evidente a manipulação feita sobre a personalidade em formação desses jovens. Segundo o biólogo Richard Dawkins, “submeter crianças à doutrinação religiosa é o mesmo que maltratá-las”, o que não foi considerado pela administração escolar.
Diretora de escola pública estadual usaria de seu cargo para promover práticas religiosas no ambiente de ensino, e interferência nas atividades escolares regulares, desvirtuando o espaço destinado à formação tecnológica, para encontros de casais, jovens e adolescentes que somente poderiam ser realizados dentro de igrejas, colocando em xeque o valor da sua própria formação pedagógica.
Em 2016, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já tinha PROIBIDO a aplicação de uma lei teocrática (Lei E 4.295/2004) que permitia o emprego dos espaços das escolas públicas por grupos religiosos, portanto, há OITO ANOS que os diretores de escolas estaduais são obrigados a saber que são obrigados a manter a neutralidade religiosa no funcionamento das instituições de ensino. Inadmissível que ainda ocorra o “prevaricar por Jesus” no serviço público:
Cultos Religiosos em Espaço Laico: Uma Fronteira Ultrajada
A escola, um bastião do conhecimento e da neutralidade, supostamente se transformou em palco para cultos religiosos, questionando o princípio fundamental da separação entre Estado e Igreja. Testemunhos e gravações corroboram a realização desses eventos, provocando um debate acalorado sobre a legalidade e a pertinência dessas práticas em um espaço educacional.
A Diretora no Centro das Acusações
Sra. Andrea Neves Valverde, a diretora da instituição, é apontada como a arquiteta dessas controvérsias, com acusações que mancham sua gestão e levantam dúvidas sobre sua liderança. A gravidade das denúncias sugere uma transgressão dos deveres éticos e legais, colocando em xeque a integridade da administração escolar.
A Voz da Comunidade e a Busca por Justiça
A comunidade escolar, dividida e inquieta, clama por justiça e transparência. Pais, alunos e professores exigem esclarecimentos e medidas corretivas, reiterando a importância de preservar a escola como um espaço de aprendizado livre de influências religiosas ou pessoais.
Reflexões sobre a Separação entre Estado e Igreja
Este caso reacende o debate sobre a separação entre Estado e Igreja, um princípio que, segundo Thomas Jefferson, é um "muro de separação" essencial para a liberdade. A situação na E. E. Professora Cordélia Paiva serve como um lembrete crítico da necessidade de manter nossas instituições educacionais livres de qualquer forma de doutrinação.
Sacrilégio Educacional: Fé ou Falha na E. E. Professora Cordélia Paiva?
Enquanto a investigação continua, a comunidade espera ansiosamente por respostas e ações concretas. A verdade, como disse Winston Churchill, é inestimável; portanto, devemos protegê-la com um corpo de guardas. Neste caso, a guarda é a vigilância constante dos princípios éticos e legais que devem reger nossas escolas.
* Eduardo Banks é jornalista e Militante do Estado laico, tendo ajudado a derrubar diversas leis estaduais e municipais, que feriam a norma constitucional do estado laico.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Ultima Hora Online e é de total responsabilidade de seus idealizadores.
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