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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, em resposta indireta a fala do presidente Jair Bolsonaro, contestou de que a desinformação, assim como ataques a instituições e seus integrantes, não são "fantasmas". A informação foi distribuída pela agência Reuters.
Em evento de magistrados realizados nesta sexta-feira (12/05) na Bahia, o ministro voltou a defender o processo eleitoral, e garantiu que as urnas são seguras e que a corte continuará contando com a participação das Forças Armadas na área logística do pleito, porém que “jamais irá se submeter”.
"Dizem que falo de fantasmas. Darei os nomes. A violência tem gênero, números e graus. Não é um fantasma, não é uma assombração. A violência no Brasil é assombrosa, é trágica, é terrível. É uma realidade pavorosa que se põe cada vez mais na ordem do dia", disse o ministro.
"A violência contra a imprensa e seus imprescindíveis profissionais... As ameaças à integridade física de magistrados e de seus familiares... Os ataques das milícias digitais geradoras de insegurança cibernética... e o que ainda mais triste: a bestialidade moral e simbólico dos discursos de ódio."
"A desinformação também tem forma, nome e origem. Não é um fantasma. Não é um espectro. É um fato evidente", acrescentou.
Fachin não mencionou diretamente Bolsonaro. Na quinta-feira, o presidente da República disse, referindo-se ao ministro, não saber "de onde ele está tirando esse fantasma que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral".
Bolsonaro, que já afirmou que não aceitaria o resultado de eleições que não forem realizadas de forma "limpa" e chegou a sugerir que as Forças Armadas participassem de uma apuração paralela dos votos, rebatia declaração anterior de Fachin. O ministro havia afirmado que é a população desarmada quem trata das eleições.
Da Editoria/Reuters/Imagem: bbc.com
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