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O verão chegou com tudo, mas parece que o maior perigo das praias brasileiras não é mais a água-viva ou o sol sem protetor solar, e sim as temidas viroses de verão. No Guarujá, em São Paulo, a Vigilância Sanitária registrou mais de 2 mil casos de gastroenterite só em dezembro, enquanto no Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) aponta que 34% das praias monitoradas têm níveis alarmantes de coliformes fecais. E o que isso significa? Que o mergulho que deveria refrescar pode acabar te levando direto para a fila do posto de saúde.
Os números não mentem: a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) revelou que 38 das 175 praias monitoradas no litoral paulista estão impróprias para banho – isso dá 21,7%! No Rio, praias famosas como Sepetiba e trechos da Barra da Tijuca sofrem com níveis críticos de poluição, resultado de despejos clandestinos e falta de saneamento básico. Para completar o caos, alimentos mal conservados e gelo de procedência duvidosa vendidos na praia são os principais responsáveis pela transmissão das viroses, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
As autoridades, por sua vez, tentam acalmar os ânimos. A Sabesp garante que o sistema de esgoto da Baixada Santista está “operando normalmente”, enquanto o INEA reforça que o problema é estrutural e precisa de investimentos urgentes. Enquanto isso, o turista paga o preço com náuseas, vômitos e diarreias que poderiam ser evitados com cuidados básicos de saneamento.
Como se proteger?
Consulte os relatórios de balneabilidade da CETESB e do INEA antes de entrar no mar.
Evite consumir alimentos ou bebidas de origem duvidosa na praia, principalmente frutos do mar e gelo.
Escolha praias limpas e bem monitoradas – se sentir mau cheiro ou ver espuma na água, melhor evitar.
Lave sempre as mãos e tenha álcool em gel à mão.
O recado é claro: prevenção é a palavra do verão. Não deixe que um mergulho em águas impróprias ou um petisco suspeito transforme suas férias em uma corrida desesperada ao posto de saúde. Aproveite, mas com cuidado!
Por: Arinos Monge.
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