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Durante a sessão, 40 parlamentares estavam presentes, mas apenas 18 votaram: 17 a favor do cancelamento das medalhas e um se absteve
28 de maio de 2024 – 17:04
Os vereadores do Rio de Janeiro, mais uma vez, não votaram o pedido de cancelamento das medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos desde março sob a acusação de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol). Na sessão plenária desta terça-feira (28), a votação foi novamente esvaziada, e o pedido feito pela vereadora Mônica Benício (Psol), viúva de Marielle, não foi avalizado.
Durante a votação, 40 parlamentares estavam presentes, mas apenas 18 votaram: 17 a favor do cancelamento das medalhas e um se absteve. Para aprovar a proposta, seriam necessários pelo menos 26 votos. Esta foi a quinta tentativa de votar a revogação da honraria.
De acordo com o regimento interno da Câmara, o requerimento de Mônica Benício retornará para votação na próxima sessão, marcada para quarta-feira (29).
O vereador Waldir Brazão (União Brasil), falando em nome de seu grupo político, argumentou que Chiquinho e Domingos ainda não foram condenados. “Os Brazão, que a vereadora se refere, são apenas investigados. Eles não foram condenados… Eu não faço política por ódio”, comentou Waldir Brazão.
Ele também sugeriu que a Mesa Diretora da Câmara deveria parar de colocar o pedido para votação repetidamente, pois “se os vereadores não querem votar, cabe à Mesa Diretora achar uma solução”.
Mônica Benício, líder da bancada do Psol na Câmara, já tentou colocar em votação o pedido de cassação da honraria em outras quatro oportunidades: nos dias 9, 14, 16 e 23 deste mês. Na maioria dos casos, houve uma “fuga” de vereadores no momento da votação. Por exemplo, no dia 16, 44 legisladores registraram presença, mas apenas 21 votaram — 19 a favor da cassação e 2 contra.
No último dia 7, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. A denúncia implica os irmãos como mandantes do homicídio de Marielle Franco e os acusa de integrarem uma organização criminosa. O delegado Rivaldo Barbosa também foi denunciado como mandante do crime, com base na delação do assassino confesso, Ronnie Lessa.
Com informações do G1.
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