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No centro dessa tempestade está o prefeito Léo Vieira, que vem sendo acusado de não cumprir acordos firmados com aliados e de usar sua influência para beneficiar interesses familiares. O caso mais emblemático envolve o vereador Aquino, que teria sido traído politicamente após se recusar a apoiar o irmão do prefeito, atual deputado federal, que tenta a reeleição.
Segundo relatos dos bastidores, Aquino e Léo Vieira mantinham um acordo político baseado na parceria e no respeito mútuo. No entanto, esse entendimento foi desfeito de forma unilateral pelo prefeito, que passou a pressionar o vereador a declarar apoio ao projeto de reeleição de seu irmão para a Câmara Federal. A tentativa de imposição não foi bem recebida por Aquino, que, mantendo sua coerência política, resistiu à manobra e optou por não se render à pressão — atitude que acabou desencadeando retaliações.
Desde então, Aquino tem sido gradualmente excluído das articulações do governo, tratado com frieza por lideranças do grupo de Vieira, e alvo de ataques indiretos por aliados do prefeito. A narrativa de traição passou a circular fortemente entre aliados do vereador, e a frase “você pagou com traição” se transformou em símbolo do rompimento dessa relação.
Outro nome que também entrou na mira da gestão municipal é o vereador Tatâo. Conhecido por sua atuação independente e sua coragem em cobrar da prefeitura ações mais transparentes, Tatâo agora enfrenta o que muitos consideram uma perseguição institucional. O vereador está sendo pressionado com a possível tomada de um imóvel seu pela própria prefeitura — um ato que, para muitos, tem motivação política e caráter de retaliação pessoal.
A reeleição do irmão do prefeito, que já ocupa uma cadeira em Brasília, parece ser prioridade absoluta na estratégia política de Léo Vieira. Mas não para por aí: o prefeito também articula a eleição de seu filho, Leozinho, para a Assembleia Legislativa como deputado estadual, intensificando ainda mais o uso da máquina pública para consolidar um projeto político familiar. O uso da estrutura da prefeitura para forçar apoios, silenciar vozes contrárias e enfraquecer a autonomia dos vereadores tem gerado indignação entre os parlamentares e também entre parte da população. A cidade começa a questionar se a máquina pública está sendo usada para o bem comum ou como instrumento de favorecimento pessoal.
A situação abre um debate importante sobre o limite entre aliança política e autoritarismo. Quando um prefeito exige que aliados deixem seus próprios projetos e convicções de lado para servir a um interesse familiar, o que está em jogo não é apenas uma eleição, mas a saúde da democracia local.
Aquino e Tatâo, apesar das perseguições, seguem firmes em suas posturas. Representam uma ala política que não se curva à pressão e que acredita que política se faz com respeito, compromisso com o povo e, acima de tudo, lealdade à palavra empenhada. Já Léo Vieira, ao insistir em pressionar seus aliados para garantir a reeleição do irmão e a eleição do filho, corre o risco de perder não só apoio político, mas também a confiança da população que o elegeu.
Enquanto isso, São João de Meriti observa, analisa e começa a reagir. O povo, que já viu de tudo na política, agora acompanha mais um capítulo em que promessas viram imposições, parcerias viram perseguições e, no fim das contas, a traição vira manchete.
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