Walter Capanema explica o Sequestro Digital: O Novo Pesadelo das empresas e dos Gestores de Saúde Pública

ESPECIALISTA ALERTA PARA RISCOS CIBERNÉTICOS NA SAÚDE PÚBLICA

Em entrevista exclusiva durante o Fórum Social da Saúde Pública, Walter Capanema, renomado especialista em segurança digital, destaca a importância da proteção de dados na área da saúde.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implementada em 2018, trouxe à tona a crucial questão da segurança de informações pessoais, especialmente os dados sensíveis de saúde. Capanema enfatiza que esses dados, armazenados em hospitais e sistemas de saúde, são alvos frequentes de criminosos cibernéticos.

"Os criminosos cibernéticos muitas vezes querem invadir esses hospitais para capturar dados e utilizá-los em golpes, ou para paralisar o hospital e cobrar um resgate", alerta Capanema. Este fenômeno, conhecido como "sequestro digital", tem se tornado uma ameaça crescente, com organizações criminosas internacionais lucrando milhões de dólares anualmente.

Casos recentes, como os ataques às empresas Marisa e JBS, ilustram a gravidade da situação. Capanema ressalta que, embora seja impossível evitar completamente os ataques, é possível mitigar os riscos.

A principal estratégia de prevenção, segundo o especialista, é a conscientização e capacitação dos funcionários. "Muita gente clica no link que não deve clicar", explica Capanema, destacando a importância de educar os colaboradores sobre os perigos de e-mails fraudulentos e links suspeitos.

Além da educação, Capanema enfatiza a importância do backup regular de dados. "Poucas empresas fazem backup. Backup é uma coisa cópia de segurança. Você tem que fazer todo dia", aconselha.

O especialista também aborda a questão das punições para vazamentos de dados, criticando a brandura das sanções atuais. "Às vezes tem uma multa, mas a multa sempre é baixa. Isso acaba sendo um estímulo para as empresas vazarem os nossos dados", lamenta.

Capanema destaca que, apesar de existirem leis como a Lei Carolina Dieckmann, as penas para crimes cibernéticos ainda são consideradas leves. "As penas são muito brandas por tipo de crime que é praticado", afirma.

Para os gestores de saúde pública, Capanema deixa uma mensagem clara: "A tecnologia é maravilhosa, mas também tem usos ruins. Você precisa ser talvez um pouco paranoico, no sentido de fazer backup, tomar cuidado com as ameaças. A melhor coisa que você pode fazer é se precaver, se prevenir, procurar mitigar os seus riscos."

O especialista conclui enfatizando que, com as precauções adequadas, é possível ter uma empresa mais segura e "noites melhores dormindo".

Esta entrevista ressalta a urgente necessidade de maior atenção à segurança cibernética no setor de saúde pública, um tema cada vez mais relevante em nossa era digital.

Por Robson Talber

Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex- Secretário Municipal de Receita de Itaperuna-RJ, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ

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Por Ultima Hora em 16/11/2024
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