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Ex-governador Witzel relaciona sua queda à prisão dos assassinos de Marielle Franco e denuncia perseguição política
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, concedeu uma entrevista ao 247 explosiva onde fez revelações surpreendentes sobre seu processo de impeachment e a investigação do caso Marielle Franco. Witzel, que foi afastado do cargo em 2020, traçou uma linha direta entre a prisão dos executores de Marielle e o início de sua perseguição política.
"Eu havia assumido um compromisso com a família da Marielle de que no meu governo o caso não ficaria impune. Infelizmente, pelo que estamos vendo, custou muito caro não só para mim, mas para o povo do Rio de Janeiro", declarou o ex-governador.
Witzel relatou que, logo após sua posse, orientou a polícia a concluir as investigações e prender os assassinos de Marielle. Três meses depois, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram detidos. O ex-governador afirma que a partir desse momento, sua relação com o então presidente Jair Bolsonaro se deteriorou rapidamente.
"O presidente Bolsonaro rompeu comigo usando uma justificativa pífia de que eu queria ser presidente. Mas a verdade é que a situação piorou muito após a prisão dos assassinos da Marielle", revelou Witzel.
O ex-governador fez acusações graves sobre a condução de seu processo de impeachment:
"Fui duramente perseguido por uma procuradora da República, induzindo o Superior Tribunal de Justiça com narrativas fantasiosas. O presidente Bolsonaro chegou a antecipar minha prisão em uma declaração pública."
Witzel também levantou suspeitas sobre a investigação do caso Marielle:
"Havia uma linha de investigação que foi abandonada, que poderia demonstrar uma relação próxima do Lessa com a família Bolsonaro. Todas as provas são circunstanciais, mas existem elementos nos autos que nunca foram devidamente apurados."
O ex-governador criticou duramente a atuação do Ministério Público Federal e do juiz Marcelo Bretas, afirmando que houve uma perseguição política orquestrada para removê-lo do cargo. Ele também denunciou a influência das milícias na política fluminense:
"A deputada Lucinha, chamada de 'madrinha da milícia', assinou meu processo de impeachment. Qual foi o recado que se deu ali naquele momento?"
Witzel concluiu a entrevista fazendo um alerta sobre o avanço do crime organizado no Rio:
"A relação da milícia com o poder hoje é muito próxima. É algo para se preocupar e muito. Infelizmente, a Assembleia Legislativa tem muito a se explicar pelo que fez."
As declarações bombásticas do ex-governador Wilson Witzel reacendem o debate sobre as circunstâncias de seu impeachment e lançam novas suspeitas sobre a investigação do caso Marielle Franco. As autoridades competentes ainda não se pronunciaram sobre as acusações feitas na entrevista.
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